terça-feira, 9 de julho de 2013

Dona Dilma, com os olhos fechados, não ouve nada.

Editado na Tribuna da Imprensa
Hélio Fernandes

O protesto do povo nas ruas está completando um mês. Aparentemente amainou ou os manifestantes se preparam numa espécie de reabastecimento mental, físico e até geográfico, estratégico. Começou praticamente localizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, com pauta de reivindicação restrita.
Mas se aprofundou de tal maneira, que ganhou proporções nacionais e repercussão internacional. E naturalmente as colocações-reivindicações se transformaram em exigências. Os Poderes Executivo e Legislativo, acuados, assustados e emparedados, foram se mostrando verdadeiramente acovardados. E aumentando o poder de fogo das ruas.
Só que os manifestantes dispersaram seus objetivos, poderiam tem obtido muito através de negociação, o que não aconteceu. Depois de amanhã (quinta-feira), a chamada “tropa de choque oficial” estará também nas ruas. Chamam de “Dia Nacional de Luta” (não confundir com Dia Nacional de Lula, embora tenha tudo para ser).
DONA DILMA QUER A “QUINTA”
DA REABILITAÇÃO-RECUPERAÇÃO
É evidente que ela não vai para as ruas, tentará comandar tudo de dentro do Planalto, dando ordens para o lado de fora. Funcionará segundo seus planos? Ou essa chamada “tropa de choque” terá que enfrentar duas forças opostas? A dos manifestantes atuantes ostensivos, e a outra, não tão evidente ou identificada, mas também sabendo o que pretende?
Nos bastidores do Planalto só se fala na “quinta” da reviravolta (textual), quando Dona Dilma retomará o Poder, que sabe que perdeu duplamente. Nas ruas e nas vielas do próprio Planalto, que Tancredo Neves gostava de chamar de “grotões e igarapés”.
“QUINTA” HISTÓRICA?
Todos, no governo, participando dele ou trabalhando para 2014 e até depois dessa data, se dizem “irmanados”, rigorosamente “aliados”, até mesmo “acumpliciados” pelo bem nacional e a tranquilidade do país. E quando sabem de alguma restrição “a essa ida para as ruas”, vem a ordem do próprio Planalto: “No momento estamos todos juntos, e não nos separaremos depois, de modo algum”.

Essa “quinta” vem sendo preparada ou tramada, no Palácio e no Instituto, exatamente há 12 dias (exclusivo).

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