quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SUPREMO DEIXA O IMPEACHMENT AVANÇAR OU SE DESMORALIZA DE VEZ

De Carlos Newton  -      Transcrito de Tribuna da Internet -16,  de dezembro de2015   
Charge de J. Bosco (reprodução do Portal UOL)
Hoje vamos saber se o Supremo Tribunal Federal vai se assumir como um Poder da República independente e isento, ou pretende seguir o caminho tortuoso iniciado no julgamento do mensalão, quando ressuscitou os finados embargos infringentes e inventou a organização criminosa sem formação de quadrilha. O teorema desta sessão de hoje do Supremo, que poderá prosseguir até sexta-feira, quando começa o recesso, é simples e da maior importância. Pretende-se saber, basicamente, o seguinte:
1) Na Câmara, pode haver preenchimento de cargos de comissões especiais mediante indicação dos blocos parlamentares?
2) É possível ser realizada eleição ou referendo com voto secreto nas comissões?
3) A presidente Dilma Rousseff tinha direito à defesa prévia, antes de iniciado o processo na Comissão Especial?
4) Existe alguma inconstitucionalidade ou conflito de normas legais no rito tradicionalmente adotado para o impeachment?
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DOS BLOCOS PARLAMENTARES
O Regimento da Câmara é bastante claro sobre os blocos parlamentares, que são equiparados aos partidos políticos. Portanto, a Câmara tem direito de formar a Comissão Especial pelo critério dos blocos, desde que respeitada a norma legal sobre a pluralidade dos partidos representados (Lei 1.079/50). Vamos conferir dois dispositivos do Regimento
Art. 9º – Os Deputados são agrupados por representações partidárias ou de Blocos Parlamentares, cabendo-lhes escolher o Líder quando a representação for igual ou superior a um centésimo da composição da Câmara.
Art. 12, § 6º – Dissolvido o Bloco Parlamentar, ou modificado o quantitativo da representação que o integrava em virtude da desvinculação de Partido, será revista a composição das Comissões, mediante provocação de Partido ou Bloco Parlamentar, para o fim de redistribuir os lugares e cargos, consoante o princípio da proporcionalidade partidária, observado o disposto no § 4º do art. 26.
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DAS VOTAÇÕES SECRETAS
Pelo Regimento, que tem forma de lei e só pode ser modificado pelo Supremo em caso de inconstitucionalidade, as votações na Câmara podem ser secretas ou não. A própria eleição da Mesa Diretora é feita com voto secreto. A aprovação dos indicados pela Presidência da República para o Supremo Tribunal Federal e para a Procuradoria-Geral da República também é feita pelo voto secreto. Portanto, não há inconstitucionalidade nesse tipo de iniciativa.
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DA DEFESA PRÉVIA
A reclamação de que a presidente Dilma Rousseff não teve direito a defesa prévia é ridícula. O procurador Rodrigo Janot, em seu parecer, reconhece que ninguém tem direito a se defender antes de formado o processo, com a nomeação dos membros da Comissão do Impeachment e tudo o mais.
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DO RITO DO IMPEACHMENT
O Regimento da Câmara foi aprovado em 1989, já de acordo com a nova Constituição. Em 1992, quando houve o impeachment de Collor, também aconteceu uma polêmica e o rito do Congresso foi submetido ao Supremo e aprovado. Depois disso, o rito foi obedecido duas vezes, quando o então deputado petista Jaques Wagner pediu o impeachment do presidente Itamar Franco, que foi recusado, e quando o deputado José Dirceu tomou idêntica iniciativa em relação ao presidente FHC, mas o presidente da Câmara, Michel Temer, rejeitou o requerimento. Na forma do Regimento, Dirceu recorreu ao plenário e foi derrotado por maioria absoluta.
Os recursos ao plenário só têm causado prejuízo à presidente Dilma Rousseff. Como todos sabem, o tempo conspira contra ela. Na sessão de hoje, por exemplo, se o Supremo alterar qualquer procedimento do rito que julgar inconstitucional, haverá ainda mais atrasos, com apresentação de recursos e blá-blá-blá. E o processo do impeachment irá se fortalecer cada vez mais.
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PS – O ministro-relator Edson Fachin fez um parecer de 100 páginas. E um delírio. Trata-se de questões simples,  conforme se sabe, mas parece que ele pretende complicá-las. Vamos conferir.

C. Newton

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

GOVERNO BASTARDO


Artigo Por Percival Puggina

Revirei meus arquivos. Revisei a história. Puxei pela memória. Nada. Busquei inutilmente um exemplo em que a comunicação do governo e as manifestações de lideranças petistas não tivessem como objetivo enganar a nação, falsificar a verdade, criar ilusão, manipular fatos, dissimular males praticados, induzir a opinião pública a erros de julgamento, soterrar em publicidade as própria faltas. Pergunto: o que motivou os crimes contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, senão o desejo de esconder a realidade e falsear as contas públicas, sob o nome original de "contabilidade criativa"?

Concluí: líderes petistas só dizem a verdade em delações premiadas.
Fiz mais. Debrucei-me sobre o estouro das contas públicas. Examinei os números das eleições presidenciais de 2013. Abri o arquivo dos escândalos e escrutinei a lista das fortunas, expandidas com a velocidade daqueles automóveis que aceleram de 0 a 100 km/h em poucos segundos. Constatei, também, que menos de 10% da população aprova o governo Dilma, ao passo que 38% dos deputados votaram por uma Comissão de Impeachment governista. Perderam, mas fizeram muito voto!
Concluí: o governo não vence nas urnas nem nas votações do Congresso Nacional sem, de alguma forma, comprar votos.
Este governo é filho da mentira. Elegeu-se mentindo. Nas palavras de Lula: "ganhamos as eleições, sabe, com um discurso e, depois das eleições, sabe, nós tivemos que mudar o nosso discurso e fazer aquilo que nós dizíamos que não íamos fazer". Muita conversa, Lula, para substituir a palavra "mentimos". Bastaria essa corrupção fundamental, a corrupção da verdade durante a campanha eleitoral, para mostrar quão pouco respeito merece um mandato tão mal parido.
Bastaria isso para que o governo inteiro e seus apoiadores cruzassem pelos cidadãos, nas ruas, nos restaurantes, nos aeroportos, de olhos baixos, envergonhados. No entanto, - fato previsível sob tais condições morais - o governo tornou-se, também, centro de uma organização criminosa imensa em vulto. E várias vezes bilionária em resultados. Poucos anos bastaram para levar da pobreza à abastança uma plêiade de companheiros.
Concluí: a mentira é o primeiro degrau da corrupção. É corrupção da verdade. Daí ao roubo dos fundos de um banco, ou de uma petroleira, é questão de tempo e oportunidade.
Lênin, Goebbels e outros ensinaram (e todos que precisam saber sabem): a mentira insistentemente repetida fica suficientemente parecida com a verdade. Por isso, quando os petistas passam, em coro, a repetir algo de um modo exaustivo, alerte-se, leitor: a verdade deve ser buscada no inverso da afirmação. Nestes dias, a palavra golpe aparece duas vezes em cada frase proferida por um defensor do governo. Logo, eles sabem que impeachment não é golpe. E sabem isso melhor do que qualquer signatário de algumas das dezenas de requerimentos de impeachment que foram protocolados na Câmara dos Deputados ao longo deste ano, pelo simples motivo de que ou foram mentores, ou conhecem bem a natureza dos atos praticados pela presidente.
Golpe foi quebrar o país. Golpe foi tentar fazer de Eduardo Cunha uma espécie de dono do impeachment. Logo ele, que sentou durante meses sobre os requerimentos apresentados pela sociedade. Logo ele que nunca disse palavra que fosse, a favor de tais iniciativas. Logo ele que com sua atitude passiva desestimulou a mobilização popular. Golpe é, também, tentar mudar o rito do impeachment depois de iniciado o processo.
Mesmo assim, parido na mentira, o governo repete, como se adestram cães - golpe, golpe, golpe! E não falta matilha para abanar o rabo.

Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

GOVERNO BASTARDO


IMPÉRIO DO CRIME, FORA!


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Antônio José Ribas Paiva
Desde a proclamação da república, o Brasil entrou em decadência permanente. Era a segunda potência militar e econômica do mundo, disputando espaço apenas com o Império Britânico.
Proclamada a República a coisa pública ficou à mercê dos políticos, que se fartaram à custa da nação e, não satisfeitos, traíram permanentemente o Brasil, para submeter a nação brasileira aos interesses internacionais. Quem manda nos políticos brasileiros, ainda é o Império Britânico.
A proclamação da República foi uma fraude de militares corruptos, cujo núcleo persiste até hoje como garante da decadência brasileira. Precisamos proclamar nossa independência da colonização criminosa, que porém, só será possível, com a participação dos militares descomprometidos com a traição da pátria.
INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL JÁ !!!
Antônio José Ribas Paiva é Advogado.
Postado por Jorge Serrão às 08:25:00
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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ANÁLISES E COMENTÁRIOS


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Márcio Matos Viana Pereira

Hoje, no Brasil, o Poder parece estar acéfalo, pois a Presidente da República, figura exótica criada e esculpida pelo  apedeuta Lula para sucedê-lo no governo, estando aparentemente perdida, desorientada e sufocada pela crise já por mim comentada em artigo anterior, plena em incompetência, parece haver abdicado da autoridade que o cargo Presidencial lhe assegura, tornando-se, com a reforma ministerial que lhe foi imposta, dependente do PMDB e fantoche do seu criador, o qual, sem cerimônia e falastrão, opina e se faz obedecer tanto no Governo, quanto no PT.
Como é terrível ter de reconhecer que, no Brasil, quem governa é teleguiada por absoluta falta de competência administrativa;  que o Parlamento, com frequência abusiva, é transformado em balcão de negócios, onde a mercadoria negociada é a troca de apoio por obtenção de vantagens, ocasiões em que, olvidando a vergonha, a honestidade e a dignidade, jamais são levados em consideração os legítimos interesses nacionais;  e que, até no Judiciário, o TSE é presidido pelo Ministro Toffoli, cujo saber jurídico é nitidamente inferior ao dos seus pares, ficando isso demonstrado quando do mensalão, oportunidade em que, possivelmente induzido pela gratidão, portou-se como se ainda fosse advogado do PT.
O Brasil é o país da incoerência !  Sendo o Governo Dilma o grande responsável pela crise que sufoca os brasileiros, face haver gasto de maneira perdulária e leviana, praticando absurdos, com o objetivo de se reeleger, entre os quais as já famosas pedaladas fiscais, com o deliberado propósito de, pela burla, mascarar o imenso déficit nas Contas Públicas, obteve do Congresso, como se dolo nenhum houvesse praticado, a aprovação da DRU para o exercício de 2016, podendo novamente, com a mesma notória incompetência e enrustida má fé, a seu bel prazer, dilapidar os recursos espoliados de todos nós cidadãos contribuintes.
Tratarei agora de um assunto difundido pela mídia e que se tornou tema de especulação nacional, envolvendo o Exército Brasileiro.  O assunto, difundido em todas as mídias, foi referente a uma entrevista proferida pelo Sr. Gen. Ex. Antônio Hamilton Mourão, então Comandante do Comando Militar do Sul e que motivou a sua exoneração do aludido Comando, punição imposta pelo Comandante do Exército, o Sr. Gen. Ex. Eduardo Villas Boas.
Não conheço pessoalmente nenhum dos dois Generais, mas, os sei brilhantes oficiais, ambos merecedores do respeito e da admiração dos pares e dos subordinados.  Desconheço em que nível o assunto foi tratado e as razões de cada um.  Sei apenas que o Comandante do Exército discordou da entrevista do Gen. Mourão, bem como não teria assimilado o fato de haver o Gen. Mourão aceito que, em uma Organização Militar integrante de sua área de Comando, fosse homenageada a memória do Coronel Brilhante Ustra, recentemente falecido.
Como apenas ao Comandante do Exército cabe falar em nome da Instituição sobre assuntos institucionais, é possível que por ser ele fiel ao princípio de que autoridade, liderança e comando não se dividem, decidiu punir o Gen. Mourão, não tendo praticado com a sua decisão nenhum arbítrio, violência ou abuso de autoridade.
 Tendo lido a entrevista, afirmo com ênfase concordar com as assertivas do Gen. Mourão, assim como também concordo e achei ser um dever de justiça a homenagem póstuma prestada ao Coronel Brilhante Ustra que, heroicamente injustiçado, lutou com destemor contra a doença que lhe consumia a vida e contra a perseguição cretina dos apaniguados do Governo Dilma e dos parciais e facciosos membros da CNV, que de tudo tentaram para desmoralizar e desacreditar a sua biografia, como dedicado Comandante do DOI/CODI de São Paulo (OBAN).
Acredito haver o Gen. Mourão considerado que, hoje, a tropa não mais incorporando analfabetos, é bem mais preparada do que no passado;  que a maioria estuda e todos são bombardeados pelas informações da mídia, urgindo, com maior ênfase num instante de crise nacional, que em cada Comando os subordinados sejam orientados sobre qual a posição do Exército ante os fatos noticiados.
Não tendo feito o Gen. Mourão comentários sobre o Impeachment, nem sobre assuntos de caráter político partidário, suponho que o Comandante do Exército deve ter tido uma razão não revelada, que embasou a sua decisão de punir um General de Exército do prestígio e com os atributos do General Mourão.
Confio que a punição aplicada tenha resultado apenas de uma decisão pessoal do Comandante do Exército, sem interferência do Ministério da Defesa.
Nos últimos anos, mudo, o Exército tem aceitado sucessivas afrontas impostas pelos governos petistas.  Não há nas Forças Armadas clima de golpe, nem pretensão de interferir na vida política partidária, entretanto, é inadmissível aceitar calado afrontas governamentais, tais como as muitas acontecidas.  Urge o momento que, com a mesma decisão e energia como foi decidida a punição ao Gen. Mourão, seja repelida nova e qualquer afronta à Instituição Exército, parta de onde partir.
É que, objetivando com o silêncio preservar o postulado da disciplina, os Comandantes anteriores tacitamente concordaram com as humilhações impostas. É imprescindível, entretanto, não olvidar que afronta não repelida macula a imagem da Instituição Exército, agride a dignidade militar, deslustra a mística da farda, e tisna o compêndio histórico das gloriosas tradições da Força.
O mais trágico, porém, é que o silêncio ante a afronta pode ser confundido ou entendido como subserviência, atributo incompatível com a ética e com o sempre ardoroso e altivo espírito militar.
Márcio Matos Viana Pereira é Coronel reformado do EB.

Postado por Jorge Serrão 

ORA CINISMO, ESCÁRNIO, FORA PT!

F

Poesia no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso
Fora cinismo, fora PT,
Repulsa dessa gang, repulsa de você
Não me desencanta do ser brasileiro
Cantado em verso mulato altaneiro
Contado em prosa na nação mestiça e muita raça.
Fora ladrão do nosso dinheiro,
Fato, foto, gravação da bagaça.
Impeachment é solução,
Todo mundo vê.
Chega de tanta sujeira,
Trapaça e bandalheira.
Documento e prova,
O quê mais falta?
Justiça que se faça
Na cadeia essa farsa.
Congresso se recomponha,
Tenha vergonha,
Tira do poder essa raça
PT, lula, desgraça,
Dilma que passa.
Impeachment é solução,
Todo mundo vê.
Chega de tanta sujeira,
Trapaça e bandalheira.

Passadena, Petrobrás,
Passar a limpo,
Apoio a Sergio moro,
Sangue bom, paladino do decoro.
Uma andorinha não faz verão,
Mas, Juiz que se preza,
Condena, dá lição,
Roubar é desaforo.
É isso aí... ajoelha... e reza.
A esperança não tem medo,
Vai vencer o cinismo.
Responder ao escárnio
Do lula e do petismo.
Impeachment é solução,
Todo mundo vê.
Chega de tanta sujeira,
Trapaça e bandalheira.
Fim, fora Dilma, fora PT

Ouça a poesia:

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

OLHO MÁGICO

OLHO MÁGICO
Circula pelos zapzaps de maneira frenética a seguinte piadinha muito séria:
Lula passou mal e foi internado no INCOR com suspeita de infarto.
Dona Marisa contou aos médicos que ontem à noite pediu um Sushi para jantar.
Pouco depois o ex-presidente, que não sabia do pedido, atendeu o interfone com o porteiro do prédio avisando:
- "O japonês chegou".

E passou muito mal... Muito mal... Com a imagem que pensou ter visto pelo olho mágico...

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

DELCÍDIO NÃO É MAIS SENADOR. TEVE O MANDATO CASSADO PELO PLENÁRIO


Postado em  novembro 26, 2015- Transcrito da  Tribuna da Internet     
Jorge Béja
A garantia constitucional da inviolabilidade, civil e penal, que recai sobre deputados e senadores, não é absoluta nem serve de escudo para todos os seus atos e ações. Desde a expedição do diploma, a Constituição não lhes dá um salvo-conduto para torná-los pessoas imunes às penas dos ilícitos que cometerem. Pelo contrário, seus deveres e responsabilidades, se não são iguais a todos nós, a todos nós se sobrepõem e são muito maiores, pela representatividade que a sociedade a eles outorgou.
Deles se espera o bom exemplo, na vida pública e privada. A retidão de conduta. A candura. A recusa a tudo que não seja bom e justo. E a dedicação exclusiva ao que diga respeito ao interesse do país e de seus concidadãos. Os parlamentares são mandatários dos eleitores que deles são os mandantes. E nenhum eleitor deseja se fazer mal representado no Parlamento.
PERDA DA IMUNIDADE
A imunidade que a Constituição outorga a deputados e senadores se restringe ao que pode ser capitulado como ilícito (delito) de opinião, palavras e votos, conforme dispõe o artigo 53 da Constituição Federal  (“Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”). Mesmo assim, se consequentes e em decorrência do exercício do mandato. De resto, a imunidade deixa de existir. É o caso do senador Delcídio do Amaral. O que as gravações mostraram foi um Delcídio planejando e arquitetando atos e ações criminosas, já concretizadas ou ainda para serem executadas. Fora, portanto, do exercício do mandato de senador. Fora, portanto da órbita da opinião, da palavra e do voto e dentro do campo da prática de ilícitos penais comuns e gravíssimos.
A decisão de ontem à noite do Senado, que em sessão extraordinária resolveu manter preso Delcídio do Amaral, representa o reconhecimento implícito da cassação do seu mandato. Plenário do Senado que resolve avalizar, aprovar e subscrever decisão do Supremo Tribunal Federal que mandou para o cárcere um de seus pares cassa, implicitamente e de um só golpe, o mandato do senador preso. Logo, desde ontem à noite Delcídio do Amaral deixou de ser senador.
PERDA DO MANDATO
Um outro efeito da decisão de ontem do Senado é a também implícita autorização que a Casa deu ao STF para prosseguir com a ação penal contra Delcídio do Amaral, visto ser inconcebível e incoerente manter alguém no cárcere preventivamente sem o prosseguimento do processo que deu origem à prisão. Após recebida a denúncia (o caso de Delcídio foi flagrante por crime permanente e dispensa denúncia), deputado e senador somente podem ser processados pelo STF se o plenário de suas respectivas casas autorizar (Constituição, artigo 53, § 3º ). E esta autorização já se encontra dada pelo plenário do Senado ao subscrever a prisão de Delcídio decretada pelo STF.

Nenhuma outra formalidade é preciso cumprir. Delcídio já perdeu o mandato. Falta entregar  o gabinete e convocar o suplente para assumir. Delcídio nem precisa renunciar. Não se renuncia àquilo que se perdeu e não se tem mais.

sábado, 21 de novembro de 2015

ZUMBI, ADIVINHA QUEM ESTÁ PELA BOLA SETE?


Edição do Alerta Total - sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"Desculpem o transtorno, mas estamos trabalhando para melhorar o Brasil. É um momento em que a gente está acertando o Brasil para enfrentar a nova realidade global". Deveria ser encarada como uma grande piada de péssimo gosto este raciocínio estomacalmente reproduzido ontem pelo "prestigiado" ministro da Fazenda, o engenheiro naval Joaquim Levy, em Nova York, sempre cumprindo a missão de "vender o Brasil", na apresentação de um tal de PIL (Plano de Infraestrutura e Logística). Caberia perguntar se o Levy falou como empreiteiro (fazendo uma obra) ou como banqueiro (correndo atrás de quem vai financiá-la).
Levy cumpre a permanente rotina de negociar o Brasil lá fora. Por aqui, a Presidenta Dilma Rousseff também segue outro comportamento padrão do desgoverno: a busca desesperada de apoio político para aumentar impostos - no caso, criar o 93o "tributo", com o retorno nada triunfal da velha CPMF. Dilma tem a cara de pau de alegar a governadores que "a CPMF é o plano que o governo tem, e não tem outro", apresentando a tungada como "única solução para reequilibrar as contas públicas (detonadas pelos gastos irresponsáveis, desperdícios e por muita corrupção gerada pela desgovernança política do crime organizado).
Enquanto Dilma e seu "prestigiado" Levy brincam com o bolso do brasileiro pagador de impostos, sem a justa e perfeita retribuição estatal, o desgoverno nazicomunopetralha entra em pânico com a CPI dos Fundos de Pensão. A comissão resolveu ligar o botão "feda-se" para atingir, em cheio, o coração das falcatruas do núcleo que ocupa o poder. A manobra ofensiva interessa ao acuado presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que pressiona o governo em público, com a única finalidade de angariar o apoio do Palhasso do Planalto nos bastidores. O problema de tal manobra é que a CPI começa a sair do controle de seus criadores.
Basta ver a situação delicada em que ficam as mais poderosas empresas do Brasil com as recentes denúncias sobre a empresa Sete Brasil - uma pérola do capimunismo tupiniquim. A Sete Brasil foi criada pela Petrobras, Bradesco, Santander e BTG Pactual numa associação com bancos e fundos de pensâo, para construir 28 navios plataforma para perfuração do petróleo da camada do pré-sal. Entre os fundos de pensão vinculados ao empreendimento estão Petros (da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil), Valia (da Vale do Rio Doce) e Funcef (da Caixa econômica Federal).
Ontem, o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, um dos delatores premiados na Lava Jato, revelou na CPI dos Fundos de Pensão que, dos US$ 10 milhões fechados em contratos entre a Petrobras e a Sete Brasil, nada menos que US$ 4,5 milhões acabarem desviados para o Partido dos Trabalhadores, por intermédio de propinas recebidas pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. O dedo-duro Barusco ainda advertiu que, se a Lava Jato não tivesse estourado, a propina teria atingido valores astronômicos. O pior é que a grana envolvida vem de fundos de pensão, sob suspeita de aparelhamento político pelo PT, comprometendo o bolso de aposentados e pensionistas dos principais fundos brasileiros.
Diante de um cenário assim, com escandalosas informações públicas, qual será o investidor internacional otário que vai aplicar dinheiro no Brasil? Diante de tanta roubalheira e desperdício, quem será o otário que vai empenhar apoio público para Dilma recriar a CPMF? Será que os aposentados e pensionistas dos principais fundos brasileiros ficarão a ver navios, antes que se complete o dramático afundamento do corrupto PTitanic - nave com capacidade para boiar em uma mar de lama?

Quem puder responda, curtindo, em várias partes do Brasil, o feriadão dedicado a Zumbi dos Palmares. Só não cometa o racismo e a burrice de confundir a "coisa preta" com a importância da consciência negra (ativismo artificialmente fabricado em um País que não conseguiu superar e formalizar, cultural e psicossocialmente, a abolição da escravatura. Não é à toa que somos cada vez mais escravizados pela desgovernança organizada do crime.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

OUTRA PIADA: JOAQUIM LEVY PROPÕE ENQUETE POPULAR SOBRE A CPMF


Postado na Tribuna da Internet        em 6 de novembro de  2015
Pedro do Coutto
Enquanto a presidente Dilma Rousseff pede uma estratégia à singular base aliada para aprovar, no Congresso, o ajuste fiscal e o regulamento para promover a repatriação de recursos de brasileiros mantidos no exterior – reportagem de Marina Dias, Gustavo Uribe e Valdo Cruz, Folha de São Paulo de quarta-feira – o segundo bloco da matéria é dedicado à proposta do ministro Joaquim Levy. Qual é essa proposta? – pergunto eu. Apenas a seguinte: os jornais promoverem uma enquete popular de caráter nacional para saber se a população aprova ou não a volta da CPMF E tem mais um detalhe: a pesquisa buscaria ainda traduzir quais os motivos que levariam as pessoas contrárias a se colocarem nessa posição.
Ora, francamente, chega a ser juvenil o tema colocado pelo titular da Fazenda. Afinal de contas, para início de conversa, quem pode ser favorável a qualquer aumento de impostos? Para dar sequência à crítica, quando é que a população deve destacar suas razões? O povo consumidor só não deseja é que o custo de vida cresça e apareça como um fantasma capaz de reduzir seu poder de compra. Explicar por que não faz o menor sentido lógico. Pois a resposta popular é sempre – e sempre será – intuitiva. Como também, por exemplo, é a arte que se revela através de vocações na grande maioria dos casos descobertas pelas esquinas do destino.
Para os consumidores basta sentir a sensação do perigo de uma recriação de um tributo superado, como é exatamente o caso da CPMF. Aliás, vale assinalar, com base na matéria de Marina Dias, Gustavo Uribe e Valdo Cruz, que a própria presidente da República já não inclui a CPMF em seus planos mais urgentes. Tanto que não citou diretamente na reunião que manteve terça-feira com sua coordenação política. Limitou-se a cobrar da base aliada, em sentido vago, aprovação de medidas fiscais, acrescentando que o governo precisa fazer aceno ao mercado e esboçar reação à crise. Esqueceu que, se depender do mercado o governo não deixará o redemoinho no qual se encontram que se reflete tanto na esfera econômica quanto no plano social. O mercado é, no fundo, uma entidade eternamente enigmática. Ele exige uma atmosfera de confiança política.
RECURSOS NO EXTERIOR SÃO EM DÓLARES
Quanto ao repatriamento de recursos brasileiros em bancos no exterior, a ingenuidade de Dilma Rousseff atinge a mesma intensidade da revelada por Joaquim Levy, ao propor à imprensa e às redes de televisão a enquete que colocou em referência à CPMF. O Palácio do Planalto pode propor, isso sim, o repatriamento dos recursos gerados ilegalmente, como os existentes vinculados à onda de corrupção na Petrobrás. Mas aqueles depósitos que foram alcançados por meios legais, como a remessa de lucros, não vão ser transferidos para o Brasil. Por uma razão muito simples: são depósitos em dólares. Portanto autorreajustáveis diante da flutuação da moeda americana.

Para se ter uma ideia da rentabilidade que, de janeiro a outubro deste ano, dez meses portanto, o dólar subiu mais de 40% em relação ao real. O repatriamento, assim, é impossível. O que pode ser feito é um controle maior em relação às remessas, tarefa, aliás, que deveria caber ao Banco Central. Não há necessidade de mais uma nova lei. Já existe. O novo texto, se aprovado, ficará apenas no papel. E vai se transformar na dívida flutuante, a mesma cantada por Noel Rosa. Que atravessa o tempo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO e aos SENHORES MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

General reformado Torres de Melo *
Sou um cidadão brasileiro que, com meus 90 anos, não estou com medo da morte e sim com o fim do meu País. Vossas Excelências e o povo devem perguntar como um general reformado encontra-se nesta situação? A resposta é simples: A sociedade brasileira
começa  a acreditar na SAGRADA JUSTIÇA e eu, também.
Victor Hugo, o grande dramaturgo, escreveu a grande VERDADE: “A PRIMEIRA
IGUALDADE É A JUSTIÇA”.  Pergunto aos Excelentíssimos Ministros: O ART. 5º DA SAGRADA CF DIZ: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, ..... É uma verdade no nosso País? Os criminosos comuns estão jogados nas infectas prisões brasileiras e os grandes LADRÕES DO CRIME DO LAVA JATO parecem que são ladrões diferentes dos  outros brasileiros. São iguais ou são diferentes? Muitos em casa com tornozeleiras eletrônicas e os desgraçados exprimidos nos xadrezes imundos.
O sábio Aristóteles, 284 aC, já dizia: ”A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça”.   A sociedade brasileira já desconfiava da eficiência  da nossa justiça, mas parece que começa a mudar a sua postura. Os poderosos aos poucos estão sendo presos, mesmo que logo soltos e o Lava Jato vai sendo esquecido, pois cadeia, diz o populacho: só para os três P da vida.
Excelentíssimos Senhores Ministros.
Os bilhões roubados não poderiam ter salvo o nordeste da seca?
Os bilhões roubados não poderiam ter salvo as SANTAS CASAS?
Os bilhões roubados não poderiam ter resolvido o problema de energia?
Os bilhões roubados não poderiam ter dado escola para todos?
Os criminosos que roubaram os bilhões têm consciência? Oscar Wilde disse:
Podemos suportar as desgraças que vêm do exterior: são acidentes. Mas
sofrer pelas nossas próprias faltas... Ah!, é esse o tormento da vida.
O Brasil sofre “o tormento da vida” por falta de consciência de seus filhos.
MERITÍSSIMOS MINISTROS. Aprendi durante a minha vida que todo brasileiro
antes de tudo deve: respeitar as leis e a figura do Juiz que é a segurança da sociedade. Sou de uma época que quando passava pela rua um desembargador todos tiravam o chapéu em sinal de respeito e hoje leio ataques aos Ministros do STF. Alguma coisa mudou: estamos em grave crise moral, pois quando não se respeita a JUSTIÇA tudo o mais periclita. Todos estão com os
olhos abertos esperando o resultado da Justiça no caso que abala a sociedade.  
Democracia é respeito a lei. E quando a justiça solta ladrões presos pela justiça por roubarem bilhões estamos vivendo numa anarquia. Excelentíssimos Senhores Ministros. Só seremos salvos pela JUSTIÇA. Ladrão de 10 reais é o mesmo ladrão de um bilhão. São iguais perante a lei Art. 5º da CF.  MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: SALVEM O BRASIL. 
A HISTÓRIA GUARDARÁ SEUS NOMES COMO HOMENS QUE SALVARAM A NAÇÃO, FAZENDO
JUSTIÇA, COLOCANDO NA CADEIA OS GRANDES LADRÕES DA PÁTRIA.
*Torres de Melo, general reformado do Exercito Brasileiro,ex-comandante da Policia Militar do Estado de São Paulo;coorden ador nacional do Grupo Guararapes.

domingo, 4 de outubro de 2015

O POVO BRASILEIRO NÃO CONFIA EM NENHUM DOS PODERES DA REPÚBLICA

Postado na Tribuna da Internet em de  4 de  outubro 2015        
Celso Serra
No Estado de S. Paulo, a jornalista Eliana Cantanhêde sapecou: “De fato, chegamos a outubro assim: a presidente não preside, o Executivo não executa e o Legislativo não legisla, enquanto o dólar vai a R$ 4, um recorde histórico, e a Lava Jato pega o PT de jeito. Já foram condenados pelo juiz Sérgio Moro o ex-deputado André Vargas, o primeiro político da Lava Jato, o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e o “operador” petista na Petrobrás, Renato Duque. E Henrique Pizzolatto, do mensalão, vem aí!”
A jornalista do Estadão está correta. Na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, ninguém pensa na formulação de medidas em condições de recuperar a economia.
A conclusão é de que somos um país em frangalhos, entregue à Divina Providência, se é que Ela existe.
RENÚNCIA
A renúncia da presidente Dima Rousseff ganha cada vez mais clamores, ainda que não apenas a ela se deva inculpar pela desagregação econômica e institucional.
A corrupção no Brasil virou instituição, aliás, a mais forte do país. O povo brasileiro não confia em nenhum dos poderes da República. Como confiar?


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

DISCIPLINA POLÍTICA MILITANTE


Por  Sergio de Vasconcellos  - Rio de Janeiro
Reeditado  em 30-9 de 2015
A disciplina política tem dois aspectos: forma e conteúdo. Para entendê-la nada melhor que fazer um paralelo entre a disciplina política e a disciplina militar.
A disciplina militar é impessoal, submete o homem a uma ordem determinada, sem discussão. Enquadra-o. Tira sua roupa, põe outra. Ensina a caminhar de outra maneira, ensinando-o a receber uma ordem e executá-la com Inteligência porém friamente. Guia-se permanentemente pelo superior desde que sai até o cumprimento do objetivo (missão, ordem, tarefa). Se se deteve no caminho há de ser por ordem superior. Isto é, é conduzido, no verdadeiro conceito, sem ser, em nenhum caso, condutor. Age por ação de presença e sempre em conjunto.
A disciplina política por sua vez é aquela que exige que cada homem aja individualmente, pois é uma disciplina confiada a sua consciência e não à vontade de um que manda e que dirige os outros.
O militar sai com sua tropa e chega ao objetivo com esta, todos, em conjunto, obedecendo à voz de comando.
O político está livre nos seus próprios pensamentos e em suas próprias reflexões. Ele tem um ponto de partida comum e um objetivo a onde deve chegar. Elege o seu caminho. Marcha por distintos caminhos desenvolvendo, de diversas maneiras, sua mais completa e livre iniciativa.  É totalmente livre no rumo que escolheu. Marcha apenas com uma condição: não perturbar os que marcham com ele e chegar simultaneamente ao objetivo que fixou por sua própria vontade no exato momento em que é preciso chegar.
O que a disciplina política  não permite é o engano, é o mau procedimento. O que a disciplina política impõe é a sinceridade e a lealdade em todos os procedimentos e por sobre todas as coisas. Na disciplina política não existe nada de obrigatório que não esteja conforme a consciência ou que não seja ditado por esta. Em consequência i militante que realiza um mau ato não somente corrompe a disciplina da organização de que faz parte  mas também desgasta sua imagem, sua credibilidade pessoal, além de vulnerabilizar e comprometer a ação e a performance do conjunto. O mau procedimento, em síntese, inviabiliza o militante para a condição de dirigente (político) da organização.
Companheiros: quem realiza transações ou manobras em benefício próprio não pode impor nem exigir disciplina de quem deve obedecê-lo. Por esta razão a disciplina política é uma disciplina eminentemente de fundo interior. O dirigente político é substantivamente íntegro e livre. Por esta mesma razão, não há quem possa fazer o dirigente político. Ele nasce de sua própria bagagem interior. Ou seja, os quadros dirigentes não são feitos, nascem potencialmente para tanto. Engana-se aquele que acredita  que se pode fazer um dirigente político por decreto, resolução ou eleição. Isto é simples de explicar: conduzir é uma arte, o artista nasce  não se faz. Assim como o artista o dirigente político precisa apenas se desenvolver e aprimorar sua potencialidade e talento em grau máximo, a não ser que procure ocupar na história  um espaço comum de mediocridade.
Uma disciplina desta natureza, como muitas outras coisas essencialmente importantes, está em todas as bocas e em muitos poucos corações. Mande com dignidade, mande com sinceridade, mande com desinteresse pessoal, com lealdade, mande com honradez e será obedecido.
Publicado originalmente no Mensário “AÇÃO NACIONAL” – São Paulo: Junho de  1986, p. 9.

* O Centro de Estudos Gustavo Barroso é dirigido pelo renomado Jornalista Rômulo Augusto Romero Fontes,  editor do combativo “Jornal Bastidores”.

domingo, 27 de setembro de 2015

FHC COMPARA DILMA AO DOUTOR FAUSTO E CONDENA A REFORMA

Postado em  27 de  setembro de  2015 na    Tribuna da Internet       
Por Pedro do Coutto
Enquanto a presidente Dilma Rousseff não conseguia consenso no PMDB na escolha de nomes do partido para integrar o governo (reportagem de Júnia Gama, Simone Iglésias  Washington Luiz, em O Globo), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso numa entrevista a Ricardo Balthazar, Folha de São Paulo, comparou-a ao Doutor Fausto, personagem central da Peça de Christopher Marlowe, encenada por volta de 1590, e baseada em contos esparsos alemães sobre mistérios de ciências ocultas. Wolfgang Goethe viria a reescrever a história em 1794. Doutor Fausto, na obra original, vendeu sua alma ao diabo em troca de uma juventude eterna. As duas partes descumprem o pacto.
Fernando Henrique recorreu à literatura e à arte (Fausto virou também uma ópera) para dizer a Ricardo Balthazar que Dilma tentava um compromisso com o demônio para salvar seu governo. Mefistófeles, no caso, seria o PMDB. Por isso, ele sustentou não acreditar no resultado positivo da negociação, pois o problema, disse com razão, não se encontra somente na esfera partidária, mas sim com uma atuação eficiente do Poder Executivo com reflexo direto na população. Oferecer posições ao PMDB, isoladamente, não resolve.
Tampouco o impeachment, em relação ao qual formulou sérias reservas. “Os que desejam o impedimento não construíram até agora uma narrativa convincente. Não só para o Congresso, mas – acrescentou – para o povo”.
CONTAS PÚBLICAS
Se não houver perspectiva de reorganização das contas públicas, não tem solução. O problema é a angústia do tempo. FHC, em certo trecho da entrevista, afirmou que o caminho seria Dilma Rousseff comprometer-se a renunciar dentro de um ano. “Mas – frisou – seria uma utopia”, reconheceu.
Utopia. FHC tem razão. Colocou bem o tema de forma geral e, se a entrevista à FSP fosse um dia depois, como prova de falta de orientação, poderia citar a escolha inicial do deputado Manoel Júnior para o Ministério da Saúde pelo líder da bancada do PMDB, Leonardo Picciani. Manoel Júnior há pouco mais de um mês sugeriu que a presidente da República renunciasse. Como poderia, assim, vir a ser indicado para o posto?
Erro triplo: de Leonardo Piciani, do próprio parlamentar que se considerou apto, e, acima de tudo, da própria presidente Dilma que não conseguiu informações prévias a respeito da sugestão e do sugerido. Onde estava sua assessoria? Onde se encontrava sua equipe no Palácio do Planalto? São perguntas obrigatórias sobretudo no meio da tempestade.
MORO NÃO CAI NA ARMADILHA
Em São Paulo, quinta-feira, em almoço com empresários promovido pelo grupo Lide, o juiz Sérgio Moro evitou qualquer pronunciamento a respeito da decisão do Supremo tribunal Federal que pode funcionar para dividir, pelo menos uma parte das investigações da Operação Lava-Jato. Revelou serenidade e firmeza que se refletem na certeza de que está correto em sua atuação. O Globo publicou esta matéria também na edição de sexta-feira.
Assim agindo, deixou evidente que não está disposto a, pela emoção, deixar-se cair numa armadilha. Não se irritou. Sua resposta ao STF foi feita através de seu comentário sobre a lentidão da Justiça. Tal lentidão é um fato, caminho para tornar inócuos muitos julgamentos e, com isso, absolver culpados pelo passar do tempo.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

NÃO PERCAM O FOCO: INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL, JÁ


Intervencionistas domingo (20 set) no Comando Militar do Leste

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Antonio José Ribas Paiva
O afastamento de Dilma, por"doença", impeachment  ou cassação do mandato é a única chance para a classe política salvar-se e tudo continuar como sempre foi: o crime no poder do Estado, escravizando a Nação Brasileira. Não percam o foco. A única saída é a Intervenção Constitucional, já! Temos que pressionar, porque as mudanças ocorrem não pelas massas mas pelas idéias dos segmentos esclarecidos da sociedade, atuantes. Mantenham o fogo que a vitória é nossa !!! - como bem pregou o Almirante Barroso, na Guerra do Paraguai.
O papel sócio econômico do campo é garantir o abastecimento e saldo no balanço comercial. Isso se faz com tecnologia e pouca mão de obra no mundo todo. No setor terciário, os serviços garantem renda e emprego em 75 por cento no primeiro mundo. Os Estados Unidos da América, maior produtor agrícola do mundo, tem apenas 1,7 por cento da sua força de trabalho no campo e a Inglaterra emprega nesse setor apenas 0,5 por cento.
A França que fez reforma agrária na revolução francesa, tem 5 por cento na agricultura, amargando altos custos e subsídios por isso. O Brasil ainda emprega 22 por cento da força de trabalho na produção de alimentos, realidade que neutraliza a vocação natural do país.
Precisamos tirar gente do campo e não favelizá-lo!
Reforma agrária é maoismo, revolução comunista do campo para as cidades pelo desabastecimento. O Brasil vem sendo atacado por forças externas, auxiliadas pelos próprios governos da Nova República, que praticam terrorismo de estado contra a nação, para submeter-nos ao atraso do comunismo.
Afora os Poderes da República que foram usurpados pela classe política, os governantes traidores da Pátria para tentar implantar o comunismo, lançam contra a sociedade o MST, a FUNAI, as ONGS AMBIENTALISTAS e INDIGENISTAS, o MTST, o DESEMPREGO, a VIOLÊNCIA, o CRIME, os ENDIVIDAMENTOS e o TRÂNSITO CAÓTICO nas cidades de médio e grande porte, além de dividir a nação em guetos sociais, raciais, culturais e religiosos.
Contra a traição, o terrorismo e os crimes dos governantes e agentes públicos, a única solução é a INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL JÁ!

Antônio José Ribas Paiva é Advogado.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O DECRETO 8515/2015

O presente texto da lavra do general Walmir é dos mais elucidativos sobre as intenções comunistas contra as FFAA conforme a tática maquiavélica de dividir para “reinar”. Os vermelhos querem solapar todas as instituições permanentes da  Nação, o alvo maior sempre foi as Forças Armadas, em 1935,em 1964, foram repelidos. Porém, recalcitram
em suas tenebrosas intenções para aniquilar as FFAA, conforme as decisões sorrateiras do Dialogo Interamericano e Foro de São Paulo!

O Decreto 8515/2015
General de brigada, reformado do Exercito Brasileiro, Walmir Fonseca.
As Forças Armadas de todos os países, basicamente, têm as mesmas finalidades, entre outras, a defesa da pátria.
Por seus objetivos, em geral, de altos propósitos, elas são formadas segundo padrões de nível elevado.
Dentro delas são preconizados o respeito aos superiores, a conduta honrada, o espirito de união e a atenção para com os subordinados. Em geral, elas possuem normas, regulamentos e legislação coerentes com as suas condutas e procedimentos.
Os militares são orientados para os princípios da cidadania, e seus integrantes sabem que o poder militar é subordinado ao poder civil, pelo menos, se este for legal.
Por vezes, indagamos o que ocorreu com determinadas Forças Armadas, como a de Cuba, da Venezuela, da Coreia do Norte e de uma série de países, onde em lugar do regime democrático vicejam explícitas ditaduras.
Para os militares nacionais, por vezes surgem indagações de como em tais ditaduras, os militares são coniventes com aqueles tiranos e defendem com as próprias vidas conhecidos facínoras.
Sentimos um pouco de vergonha, pois imaginamos que eles, como os militares nacionais, tiveram os mesmos parâmetros na sua formação e, no entanto, são coniventes com os seus desgovernastes, e atuam como instrumento de força nas mãos de canalhas.
E pensamos no Brasil e imaginamos o que não estamos fazendo e até que ponto somos os escudos de conhecidos patifes, que podem por uma simples assinatura em qualquer tipo de Decreto fazerem o que quiserem.
Assistimos inertes à criação do Ministério da Defesa, tivemos ministros da mais baixa categoria, todos escolhidos a dedo entre os incapazes.
Foram bofetadas públicas de desrespeito às Forças Armadas.
Cada ministro deixou sua marca no M D, alguns de forma vergonhosa, uma vez que o próprio desgoverno decretou que antigas autoridades militares não poderiam assumir tal cargo.
A partir da criação do ministério, os antigos Cmt de força, que participavam das reuniões governamentais foram alijados. Na verdade, tornaram - se a quinta roda da carroça.
Quando recordamos sobre o zero à esquerda que os comandantes militares de Cuba, da Venezuela e de outras nações se transformaram, aos poucos analisando o cenário nacional e o desenvolvimento das ações depreciativas desencadeadas pelo executivo nos últimos anos, inclusive a fatídica Comissão da Verdade, concluímos como os nossos chefes militares foram reduzidos a pó de merda.
Pelo Decreto 8515/2015, a inútil delegou ao Ministro da Defesa uma série de competências. Retirou dos Cmt de Forças a prerrogativa para decidir sobre vários atos, assumidos por delegação após a criação do MD e extinção dos Ministérios Militares, consequentemente, dos cargos de ministros militares.
O Decreto nos fornece uma prova contundente de como desprestigiar e desmoralizar as autoridades militares.
Pobres chefes militares reduzidos a mero guarda -  costas das nefastas autoridades civis, que se esmeram em denegrir suas mais nobres intenções.
Não preconizamos uma intervenção armada, porém até um rato encurralado num canto reage: é legitima defesa, preceito consagrado no Direito e que deve, sim, em caos, ser exercido pronta e plenamente. 
Quem sabe, o quanto já estamos encurralados?         
 Brasília, DF, 07 de setembro de 2015 Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

LAMENTO À BANDEIRA

Adilson Norival Teixeira


Bandeira do Brasil símbolo sagrado de um passado de glorias mil, representas a coragem de seus filhos que defenderam nossas terras e nosso povo de ataques infame. Simbolizas  os negros, índios e brancos que unidos sob o comando dos lideres dos terços venceram os invasores na Batalha de Guararapes. Se no Batalhão dos Voluntários do Príncipe D. Pedro o soldado Medeiros não tenha vislumbrado sua imagem, retratas  a esperança de vitorias de todas as Marias Quitérias de hoje. Se não foste a guia e inspiração de nossos soldados na Guerra do Paraguai, se os que tombaram pela defesa da pátria não a carregavam, se o Duque de Caxias ao apontar o sabre em direção aos inimigos não pode falar em seu nome, mesmo assim vemos todos em sua imagem. Acompanhaste nossos pracinhas na campanha da FEB para manter viva a lembrança da terra, da família e dos que ficaram para trás, foste o alento, a esperança e a justificativa para a luta. Sempre que foste hasteada por méritos de nossos atletas, lembrou aos vencedores que estamos todos juntos e a sua nobre presença nos deu o direito e a honra de compartilharmos as vitórias. É o momento da emoção e do orgulho de ser brasileiro. Querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil, as coisas mudaram, não há motivos para sentimentos de satisfação e de elevada dignidade, sua  presença significa tudo e todos e o sentimento que aflora não é o da emoção patriótica e sim a melancolia que brota da tragédia social. Se enxergarmos o passado vitorioso e honrado, percebemos também o momento atual onde a desordem avança como uma onda destruindo nossas crenças, nosso brio e enfraquecendo nossa nação, provocando um retrocesso, um retardamento difícil de recuperar. Enquanto ondulas ao sabor do vento exibindo o lema de ordem e progresso como se fosse uma semente a ser carregada para frutificar em todos os quadrantes vivemos outra realidade sob as forças maléficas da desordem e suas consequências. Há muita diferença entre o soldado que tomba no campo de batalha e uma pessoa que morre por uma bala perdida. Na batalha a morte é honrosa, já a bala perdida mata um brasileiro  e debilita o Estado. É inaceitável viver onde se pode perder a vida por um celular, morrer por um par de tênis, onde temos que transformar nossa casa em trincheira, fazer campana para sair ou entrar em casa, dar voltas no quarteirão antes de aproximar da garagem, ser morto em saidinha de banco e saber que os bandidos  apenas fazem em seu nível e condição o que aprenderam com a maioria dos governantes. E a policia?  A policia sendo nossa instituição de segurança está debilitada, seus membros viraram caça. Os policiais militares são constrangidos a agir furtivamente  em suas comunidades. A farda em que antes rebrilhava a glória não pode secar no varal. Esse quadro geral tem um nome, ultraje. Ó Bandeira do Brasil, representas tudo isso. Cantamos que “se a pátria amada for um dia ultrajada lutaremos sem temor” e me pergunto se o hino é apenas uma musica com o mesmo efeito feliz de cantar “ciranda cirandinha vamos todos cirandar”, ou será que é preciso desestabilizar mais ainda para ser considerado um ultraje? “Já podeis, da Pátria filhos, Ver contente a mãe gentil; Já raiou a liberdade No horizonte do Brasil. Brava gente brasileira!  Longe vá... temor servil: Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil”  A liberdade raiou e foi engolida pelo crepúsculo e a alvorada se fez com a libertinagem. Brava gente brasileira aguarde em prontidão que alguém há de perder o temor servil e muitos poderão morrer pelo Brasil mas muitos mais deixarão de morrer por causa do Brasil.  Bandeira amada, se do alto de sua posição testemunhas tudo deves saber muito mais, porem asseguro que aqui no rés do chão se esvai o amor à pátria e não é ingratidão de filho e sim a solitária busca de sobrevivência. Nossa pátria é abençoada pela natureza e somos gratos mas é preciso lembrar a carência de comando, enquanto o caos predomina, o sabre descansa na bainha. Precisamos no mínimo de um novo corneteiro. O último tocou “olhar à esquerda”, “esquerda volver” e “à vontade”. Não é pedir muito, há de aparecer um corneteiro que toque “cessar à vontade”, “acelerado”, “em continência à bandeira” e “direita volver”. Também não peço muito, ó Bandeira, mas preciso sentir de novo emoção ao ouvir o Hino Nacional e poder cantar com convicção na sua presença e se meus olhos se encherem de lágrimas serão por orgulho e não por tristeza.

domingo, 23 de agosto de 2015

QUE GENERAL TEM MEDO DE EVO MORALES?

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os Generais brasileiros, da ativa e na reserva, deram gargalhadas, mas levaram muito a sério, o recado dado pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, um dos mais radicais membros do Foro de São Paulo: "Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias e se precisar vamos atacar com nossas forças armadas. Pessoalmente, nossa conduta irá defender Dilma, presidente do Brasil, e o Partido dos Trabalhadores".
Morales deu seu recado direto aos militares brasileiros na Escola Militar em Cochabamba, lembrando o 44º aniversário do golpe militar de 1971, que colocou no poder o coronel Hugo Banzer. Morales recordou que o golpe boliviano teve o apoio dos militares do Brasil e da Argentina, com todo o respaldo do Pentágono dos EUA. Agora, Morales passou o recibo de que pressente um clima para a queda de Dilma Rousseff. Na visão dele, seriam os generais que dariam mais um "golpe" - termo genérico que a esquerda prefere usar para tomadas de poder no estilo de 1964.
Caro cocalero do Foro de San Pablo: uma ação igual àquela, na qual um Marechal ocupou a Presidência da República, que ficou vaga pela fuga de João Goulart, dificilmente vai se repetir. Primeiro, porque não temos mais Marechais. Segundo, porque os militares brasileiros tomaram verdadeira ojeriza por ocupar uma Presidência da República, depois que o General Figueiredo deixou o Palácio do Planalto pela garagem, para não empossar José Sarney, naquele golpe (este sim) dado pelo General Leônidas, co-fundador da Nova República (que já nasceu esclerosada). Terceiro, porque ainda não existe clima, nem pré-condições históricas concretas, para tomadas do poder, pela força, no Brasil.
No entanto, Morales e qualquer idiota enxerga que o cenário político junca foi tão conturbado no Brasil - também assolado por uma crise econômica estrutural nunca antes vista. Nosso modelo esgotou-se. A Presidenta perdeu a credibilidade para governar. O partido dela e sua base aliada desmoralizaram a honradez promovendo a corrupção sistêmica contra a coisa pública. A sujeira aflora no noticiário, e geram descontentamento nas ruas e muita revolta nas redes sociais. Os integrantes da cúpula dos três poderes batem cabeça. Brigam entre si, na chamada "Guerra do Fim dos Imundos". As pessoas comuns não confiam nos tais "poderosos". Pior ainda, estão de saco cheio dos parasitas de um Estado campeão em se servir da sociedade - e não de servir a ela.  
Vale repetir por 13 x 13: a guerra do fim dos imundos ainda vai jogar muita sujeira para dentro ou para fora do poluído ambiente da politicagem brasileira. Tudo se encaminha para um agravamento do impasse institucional que tem tudo para redundar em ruptura. Neste instante, a única salvação possível será uma Intervenção Constitucional. Só o poder instituinte da sociedade brasileira tem condições de consertar tanta coisa errada que a falida estrutura capimunista brasileira ajudou a produzir ao longo da História. As Forças Patrióticas vão agir na hora certa.
Do ponto de vista da constitucionalidade e da legitimidade, tal processo não será um "golpe". Militares não sentarão no trono da Dilma. Mas, agora, já receberam o comunicado oficial de que terão de lutar contra o exército do Evo Morales e contra os guerrilheiros do Foro de São Paulo, estruturados nos bem armados "exércitos do Stedile" (já invocados pelo Genérico $talinácio) ou na "pegada de armas" (pregada pelo irresponsável presidente da Central Única dos Trabalhadores). Uma coisa é certa: os comandantes militares do Brasil gostaram nada da bravata do índio cacalero boliviano - que é um dos porta-vozes do autoritarismo bolivariano na América Latina. Morales conseguiu deixar a Onça Pintada, oficialmente, de prontidão...

Existe, sim, um clima de golpe concreto no Brasil. Tal golpe é claramente tramado pela classe política corrupta. Seu objetivo golpista é manter o regime da Nova República, a todo e qualquer custo, no poder. O plano imediato deles é, se Dilma tiver mesmo de ser substituída, que seja por alguém da confiança deles. A situação se complicou porque Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros - sucessores naturais em casos emergenciais - são cabras marcados para acerto de contas com o judiciário. Além disso, o respaldo popular deles beira a zero. Dos três, Cunha seria o menos impopular, mas só porque tem batido em cachorro morto, para delírio das massas romanas de Bruzundanga.
Por causa de tanto desgaste de imagem dos principais chefes políticos, a intenção golpista é entronizar um preposto no trono dela. O carcomido poder que escraviza os brasileiros tem vários personagens para ocupar um eventual governo de transição. Certamente, o mais perigoso deles se chama Nelson Jobim. O personagem que já ocupou, milagrosamente, todas as casacas da República (menos a presidencial), age, como nunca, nos bastidores, costurando uma aliança de salvação com tucanos, peemedebistas e alguns petistas. Todos correm contra o tempo, e o desgaste violento imposto pela crise estrutural - que combina o pior na politicagem, na economia quebrada e na falta de moral republicana.
O clima anda tão canalha, mas tão canalha, que a temporada de traições produz ironias imperdoáveis. Imagina qual foi o sentimento de José Dirceu, na cadeia, sabendo que sindicalistas da Força Sindical lhe roubaram o título de "Guerreiro do Povo Brasileiro", usando a expressão para saudar Eduardo Cunha? Imagina qual o sentimento do Zé (Rico e Milionário, porém preso) ao receber mensagens de interlocutores do velho amigo e companheiro Lula, pedindo para ele se desfiliar do Partido dos Trabalhadores que ele também ajudou a fundar (e agora, também, a afundar)? Imagina se a comissão de ética ou o diretório nacional, com pena do antigo "herói", resolver não expulsá-lo da legenda - como deseja Lula?
Haja imaginação... Porque a batalha de todos contra todos, com rigores de sem-vergonhice e muita traição, que pode representar a "guerra do fim dos imundos" no Brasil, só vai chegar ao fim se ocorrer um processo de Intervenção Constitucional. Será inútil e prejudicial à Nação qualquer outra pretensa solução pela via da politicagem ou do conchavo milionário. O único jeito, no Brasil, é proclamar de fato a República. Porque a única coisa concreta, criada em 15 de novembro, foi a fundação do clube que gerou a tal "Nação Rubro-Negra" (uma entidade autogovernável, meio anarquista, que serve para torcer pelo Flamengo, até morrer).

A nossa República, de fato, ainda não foi proclamada. Precisa ser! O quanto antes! Chega de canalhas no poder