Edição do Alerta Total - sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
"Desculpem o transtorno, mas estamos trabalhando para
melhorar o Brasil. É um momento em que a gente está acertando o Brasil para
enfrentar a nova realidade global". Deveria ser encarada como uma grande
piada de péssimo gosto este raciocínio estomacalmente reproduzido ontem pelo
"prestigiado" ministro da Fazenda, o engenheiro naval Joaquim Levy,
em Nova York, sempre cumprindo a missão de "vender o Brasil", na
apresentação de um tal de PIL (Plano de Infraestrutura e Logística). Caberia perguntar
se o Levy falou como empreiteiro (fazendo uma obra) ou como banqueiro (correndo
atrás de quem vai financiá-la).
Levy cumpre a permanente rotina de negociar o Brasil lá fora.
Por aqui, a Presidenta Dilma Rousseff também segue outro comportamento padrão
do desgoverno: a busca desesperada de apoio político para aumentar impostos -
no caso, criar o 93o "tributo", com o retorno nada triunfal da velha
CPMF. Dilma tem a cara de pau de alegar a governadores que "a CPMF é o
plano que o governo tem, e não tem outro", apresentando a tungada como
"única solução para reequilibrar as contas públicas (detonadas pelos
gastos irresponsáveis, desperdícios e por muita corrupção gerada pela
desgovernança política do crime organizado).
Enquanto Dilma e seu "prestigiado" Levy brincam com
o bolso do brasileiro pagador de impostos, sem a justa e perfeita retribuição
estatal, o desgoverno nazicomunopetralha entra em pânico com a CPI dos Fundos
de Pensão. A comissão resolveu ligar o botão "feda-se" para atingir,
em cheio, o coração das falcatruas do núcleo que ocupa o poder. A manobra
ofensiva interessa ao acuado presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que pressiona
o governo em público, com a única finalidade de angariar o apoio do Palhasso do
Planalto nos bastidores. O problema de tal manobra é que a CPI começa a sair do
controle de seus criadores.
Basta ver a situação delicada em que ficam as mais poderosas
empresas do Brasil com as recentes denúncias sobre a empresa Sete Brasil - uma
pérola do capimunismo tupiniquim. A Sete Brasil foi criada pela Petrobras,
Bradesco, Santander e BTG Pactual numa associação com bancos e fundos de
pensâo, para construir 28 navios plataforma para perfuração do petróleo da
camada do pré-sal. Entre os fundos de pensão vinculados ao empreendimento estão
Petros (da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil), Valia (da Vale do Rio Doce)
e Funcef (da Caixa econômica Federal).
Ontem, o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco,
um dos delatores premiados na Lava Jato, revelou na CPI dos Fundos de Pensão
que, dos US$ 10 milhões fechados em contratos entre a Petrobras e a Sete
Brasil, nada menos que US$ 4,5 milhões acabarem desviados para o Partido dos
Trabalhadores, por intermédio de propinas recebidas pelo ex-diretor de Serviços
da Petrobras, Renato Duque. O dedo-duro Barusco ainda advertiu que, se a Lava
Jato não tivesse estourado, a propina teria atingido valores astronômicos. O
pior é que a grana envolvida vem de fundos de pensão, sob suspeita de
aparelhamento político pelo PT, comprometendo o bolso de aposentados e pensionistas
dos principais fundos brasileiros.
Diante de um cenário assim, com escandalosas informações
públicas, qual será o investidor internacional otário que vai aplicar dinheiro
no Brasil? Diante de tanta roubalheira e desperdício, quem será o otário que
vai empenhar apoio público para Dilma recriar a CPMF? Será que os aposentados e
pensionistas dos principais fundos brasileiros ficarão a ver navios, antes que
se complete o dramático afundamento do corrupto PTitanic - nave com capacidade
para boiar em uma mar de lama?
Quem puder responda, curtindo, em várias partes do Brasil, o
feriadão dedicado a Zumbi dos Palmares. Só não cometa o racismo e a burrice de
confundir a "coisa preta" com a importância da consciência negra
(ativismo artificialmente fabricado em um País que não conseguiu superar e
formalizar, cultural e psicossocialmente, a abolição da escravatura. Não é à
toa que somos cada vez mais escravizados pela desgovernança organizada do
crime.
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