sábado, 21 de novembro de 2015

ZUMBI, ADIVINHA QUEM ESTÁ PELA BOLA SETE?


Edição do Alerta Total - sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"Desculpem o transtorno, mas estamos trabalhando para melhorar o Brasil. É um momento em que a gente está acertando o Brasil para enfrentar a nova realidade global". Deveria ser encarada como uma grande piada de péssimo gosto este raciocínio estomacalmente reproduzido ontem pelo "prestigiado" ministro da Fazenda, o engenheiro naval Joaquim Levy, em Nova York, sempre cumprindo a missão de "vender o Brasil", na apresentação de um tal de PIL (Plano de Infraestrutura e Logística). Caberia perguntar se o Levy falou como empreiteiro (fazendo uma obra) ou como banqueiro (correndo atrás de quem vai financiá-la).
Levy cumpre a permanente rotina de negociar o Brasil lá fora. Por aqui, a Presidenta Dilma Rousseff também segue outro comportamento padrão do desgoverno: a busca desesperada de apoio político para aumentar impostos - no caso, criar o 93o "tributo", com o retorno nada triunfal da velha CPMF. Dilma tem a cara de pau de alegar a governadores que "a CPMF é o plano que o governo tem, e não tem outro", apresentando a tungada como "única solução para reequilibrar as contas públicas (detonadas pelos gastos irresponsáveis, desperdícios e por muita corrupção gerada pela desgovernança política do crime organizado).
Enquanto Dilma e seu "prestigiado" Levy brincam com o bolso do brasileiro pagador de impostos, sem a justa e perfeita retribuição estatal, o desgoverno nazicomunopetralha entra em pânico com a CPI dos Fundos de Pensão. A comissão resolveu ligar o botão "feda-se" para atingir, em cheio, o coração das falcatruas do núcleo que ocupa o poder. A manobra ofensiva interessa ao acuado presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que pressiona o governo em público, com a única finalidade de angariar o apoio do Palhasso do Planalto nos bastidores. O problema de tal manobra é que a CPI começa a sair do controle de seus criadores.
Basta ver a situação delicada em que ficam as mais poderosas empresas do Brasil com as recentes denúncias sobre a empresa Sete Brasil - uma pérola do capimunismo tupiniquim. A Sete Brasil foi criada pela Petrobras, Bradesco, Santander e BTG Pactual numa associação com bancos e fundos de pensâo, para construir 28 navios plataforma para perfuração do petróleo da camada do pré-sal. Entre os fundos de pensão vinculados ao empreendimento estão Petros (da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil), Valia (da Vale do Rio Doce) e Funcef (da Caixa econômica Federal).
Ontem, o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, um dos delatores premiados na Lava Jato, revelou na CPI dos Fundos de Pensão que, dos US$ 10 milhões fechados em contratos entre a Petrobras e a Sete Brasil, nada menos que US$ 4,5 milhões acabarem desviados para o Partido dos Trabalhadores, por intermédio de propinas recebidas pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. O dedo-duro Barusco ainda advertiu que, se a Lava Jato não tivesse estourado, a propina teria atingido valores astronômicos. O pior é que a grana envolvida vem de fundos de pensão, sob suspeita de aparelhamento político pelo PT, comprometendo o bolso de aposentados e pensionistas dos principais fundos brasileiros.
Diante de um cenário assim, com escandalosas informações públicas, qual será o investidor internacional otário que vai aplicar dinheiro no Brasil? Diante de tanta roubalheira e desperdício, quem será o otário que vai empenhar apoio público para Dilma recriar a CPMF? Será que os aposentados e pensionistas dos principais fundos brasileiros ficarão a ver navios, antes que se complete o dramático afundamento do corrupto PTitanic - nave com capacidade para boiar em uma mar de lama?

Quem puder responda, curtindo, em várias partes do Brasil, o feriadão dedicado a Zumbi dos Palmares. Só não cometa o racismo e a burrice de confundir a "coisa preta" com a importância da consciência negra (ativismo artificialmente fabricado em um País que não conseguiu superar e formalizar, cultural e psicossocialmente, a abolição da escravatura. Não é à toa que somos cada vez mais escravizados pela desgovernança organizada do crime.

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