Publicado em 11 de jan de 2016
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
DECEPCIONADO, PADRE JULIO LANCELOTTI ROMPE COM HADDAD
PAPAI E MAMÃE HADDAD DEVEM ESTAR ORGULHOSOS
Matéria publicada no Blog do PPS – 10 de dezembro de 2015
O Caso do
filho de Haddad envolve ética na política
Papai Fernando Haddad e mamãe Ana Estela Haddad devem estar
orgulhosos do primogênito Frederico Haddad.
O filhão acaba de ser aprovado na 1ª fase do concurso público
da Prefeitura de São Paulo e tem tudo para fazer carreira na Secretaria
Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão.
O primeiro passo é o cargo de Analista de Políticas Públicas
e Gestão Governamental (APPGG), um dos vagões do trem da alegria criado pela
caneta do pai-prefeito.
Veja que coincidência: além de Frederico Haddad, foram
aprovados no mesmo concurso André Correia Tredezini e Alexandre Rebelo
Ferreira, que em janeiro deste ano também apareceram juntos em matérias da
Folha de S. Paulo e da Veja São Paulo. O motivo? A revelação de que os amigos
do filho de Haddad estavam nomeados no gabinete do prefeito. Fala sério: são ou
não são garotos de ouro, prendados, esforçados e brindados pela sorte?
A remuneração inicial será de R$ 9.619,14 para uma jornada de
trabalho de 40 horas semanais, além de outros benefícios (vale-refeição,
auxílio transporte e auxílio alimentação). Estes cargos fazem parte do pacotão
criado pelo prefeito Haddad sob o argumento de reforçar o combate à corrupção
na Prefeitura, pela Controladoria Geral do Município. Para o cargo de auditor
municipal, o salário inicial é de R$ 13.900, podendo chegar a R$ 21.405 ao
longo da carreira. Nada mal para esses jovens estudiosos que entram na
Prefeitura por concurso público.
um salto e tanto para Frederico, Alexandre e André, que há 11
meses viraram notícia por ocuparem cargos de assessores no gabinete do prefeito
Fernando Haddad, recebendo salário líquido de R$ 3.300 e atuando, segundo
explicaram, em "agendas ligadas à cultura, direitos humanos e igualdade
racial". A Prefeitura negou, à época, que os jovens tinham sido nomeados
por relações de amizade. Foi por mérito, é claro!
Formados em direito na USP, os amigos atuaram juntos também
em atos da Juventude do PT e das campanhas eleitorais de Dilma Roussef à
Presidência e de Alexandre Padilha ao Governo do Estado. Bem se vê que o
petismo compensa.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
O GOVERNO DO MUNDO
Por: Antonio Carlos De
Souza Meirelles (*)
Estamos presenciando hoje entre nós, brasileiros, um ardiloso
processo de condicionamento de massa, que é alimentado por um aparato de
engenharia social, engendrado por vertentes que não são de domínio público,
cuja escalada ganha dimensões geopolíticas preocupantes, comprometendo até
mesmo a soberania nacional. E o Brasil é o país do ocidente onde tais
investidas ganham dimensões continentais, por se tratar de uma nação que
comporta grandes riquezas naturais, com imensa costa oceânica, além de uma das
maiores reservas minerais do planeta, e a mais portentosa biodiversidade. Sem
contar a água doce, precioso líquido de importância estratégica. Tais riquezas
despertam a ganancia do Governo Mundial. Encantado pela ‘magia’ da psicologia
diversionista, o povo brasileiro nada faz em defesa de seu rico patrimônio,
hoje dilapidado pelos detentores das altas finanças globais, sem que não haja
uma mínima manifestação de repúdio ou de resistência. Porque, enquanto o povo
se distrai com o circo montado para desviar-lhe a atenção, por agentes
cooptados dentro da sociedade nacional, a soberania do país é aviltada,
agredida, naquilo que a sociedade tem de mais sagrado: a consciência nacional.
Temos hoje as fronteiras do país totalmente vulneráveis, principalmente ao tráfico
de drogas, uma doença social que ceifa vidas e destrói a família, além de
perturbar a ordem. Pior, com as forças armadas enfraquecidas, sem armas e
contingente para defender a nação. Porque o processo de defesa de nossas
riquezas começa no berço, pela educação de nossos filhos e filhas, com denodo e
amor à Pátria, tendo no exército o sustentáculo desses valores. Quantas nações
podem ser vistas no mundo, cujos povos zelam pela herança herdada de seus
antepassados?
Neurociência a serviço
do GM
Laboratórios de engenharia social estão a serviço dos
usurpadores de nossa soberania, territorial, cultural, política, moral e
psicológica, incluindo também as lides universitárias e a mídia
(principalmente). Como pode ser exemplificado na figura do maior centro mundial
de lavagem de cérebros em massa do planeta, de nome Instituto Tavistock de
Londres (entidade que teve em Freud, um dos mentores), com sede na Inglaterra.
Sua função é quebrar a força psicológica do indivíduo e torna-lo indefeso das
imposições do Governo Mundial. Técnicas para desarticular a unidade familiar,
minar a identidade nacional (o patriotismo) e o comportamento sexual, são
aplicadas pelos cientistas de Tavistock, como armas de controle mental da
população. O instituto tem sido globalmente ativo, tendo em suas mãos
exatamente os movimentos sociais, ideológicos
e político/governamentais de importância em grande parte do mundo, nos
últimos 50 anos. De uma simples clínica psiquiátrica, nos final do século 19, o
Instituto Tavistock de Relações Humanas de Londres passou a controlar as mentes
de milhões de pessoas a serviço do GM.
Neurociência a serviço do GM
Este modelo de
comandos comportamentais psicologicamente controlados, pode ser melhor
compreendido pelo trabalho de cientistas do laboratório de neurociência do
Instituto, com ‘cobaias’ humanas em tribos africanas, que resultou em
genocídios controlados pelos interesses dos governantes, com ampla participação
da França, inspirada no psiquiatra, escritor e intelectual Frantz Fanon (1925 –
1961).Teórico da ‘violência purgante’ para despertar a autoestima dos
selvagens, Fanon em suas teses dizia que a violência é uma “força limpa que
libera o nativo do seu complexo de inferioridade, retira-lhe o medo e lhe
devolve a autoestima”. Fanon se graduou em Medicina na Universidade de Lyon, na
França, onde estudou filosofia existencialista, em particular de Martin
Heidegger, Fiedrich Nietzsche e Jean-Paul Sartre. Sartre escreveu a introdução
da obra mais famosa de Fanon: ‘Os condenados da Terra’. Por intermédio dos
círculos acadêmicos franceses, Fanon foi atraído para o projeto de etnologia da
inteligência britânica, do qual Sartre foi o maior expoente. Fanon foi
recrutado como membro da divisão de guerra psicológica do Instituto Tavistok.
Ele foi encarregado de sintetizar os novos “paradigmas culturais” da chamada
“Nova Era”, que se iniciaram com a contracultura dos anos 60. Dentre tantos
outros programas, destacam-se o movimento hyppie, a ecologia, o feminismo, o
aborto, o movimento gay,a liberação da droga, o ambientalismo e o indigenismo.
Neste caso, vemos sua presença nos movimentos indígenas no Brasil, com amplom
aparato de apoio de entidades não-governamentais. As famigeradas Ongs, um dos
principais subprodutos dos laboratórios do Instituto Tavistock. Foram estas
redes anglo-francesas que transformaram Fanon em celebridade mundial. O
‘modelo’ tribal africano foi importado para o Brasil pelo pedagogo Paulo
Freire, que viveu exilado na França e que viria a ser nomeado assessor especial
do Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pelo qual
trabalhou até os seus últimos anos. O CIMI enviou Freire à África, para
trabalhar com vários movimentos insurgentes, nos anos 1970, lembrando que
justamente nessa década recrudesceu ainda mais os conflitos genocidas naquele
continente. Na época, ele esteve na Universidade Dar-es-Salaan, na Tanzânia. A
introdução à coleção de ensaios publicada na universidade, em 1971 – na qual
figura um horripilante ensaio do genocida Museveni, exaltando a ‘sangria
revolucionária’ – elogia Freire por ter ‘enriquecido a teoria de Fanon e
produzido inovações’. Segundo o texto, “há poderosos argumentos em prol de uma
nova guerrilha, armada somente com técnicas de ensino e aprendizagem, expostas
por pedagogos como Freire”. Tais referências e a semelhança entre a obra de
Fanon e a ‘Pedagogia do oprimido’ de Freire, escrita antes de 1970, explica o
fato de esta última ter sido convertida numa espécie de bíblia por vários
grupos insurgentes no Brasil, inclusive o MST.
(*) Jornalista
domingo, 17 de janeiro de 2016
sábado, 16 de janeiro de 2016
NOTAS DE UMA CÚMPLICE - PENSE! MEDITE! CONCLUA!
Notas de uma cúmplice
Swetlana Alexievich
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Abaixo uma dolorosa reflexão da jornalista russa Swetlana
Alexievich, em 1991, após Boris Yeltsin enterrar o PCUS e a União Soviética e
ressuscitar a Rússia
Despedimo-nos dos tempos soviéticos. Dessa nossa vida.
Tentarei escutar honestamente todos os participantes do drama socialista
O comunismo tinha um plano louco — transformar o homem
"antigo", o vetusto Adão. E isso foi conseguido; foi talvez a única
coisa que se conseguiu. Em pouco mais de setenta anos, no laboratório do
marxismo-leninismo criou-se um tipo humano especial — o Homo Sovieticus. Há
quem considere que esse é um personagem trágico; outros chamam-no de sovok¹.
Eu acho que conheço esse homem, que o conheço muito bem,
estou ao lado dele, vivi muitos anos ombro a ombro com ele. Ele sou eu. São os
meus conhecidos, os meus amigos, os meus progenitores. Durante alguns anos
viajei por toda a anterior União Soviética, porque o Homo Sovieticus não são
apenas os Russos, são também os Bielorrussos, os Turcomanos, os Ucranianos, os
Cazaques... Agora vivemos em Estados distintos, falamos línguas diferentes, mas
somos inconfundíveis.
Imediatamente reconhecíveis! Todos nós, gente do socialismo,
somos parecidos com as outras pessoas e diferentes delas — temos o nosso
dicionário, a nossa compreensão do bem e do mal, dos heróis e dos mártires.
Temos uma relação especial com a morte. Nas histórias que eu escrevo, há
palavras que ferem constantemente o ouvido:"disparar",
"fuzilar", "liquidar", "pôr em circulação" ou
variantes soviéticas de "desaparecimento" como: "detenção",
"dez anos sem direito de correspondência", "emigração".
Quanto pode valer uma vida humana, se nos lembramos de que ainda há pouco
morreram milhões? Estamos cheios de ódio e de preconceitos. Tudo vem de lá, de
onde havia o GULAG² e a guerra medonha. Coletivização, deskulakização,
deslocação das populações.
Isto era o socialismo e era simplesmente a nossa vida. Nesse
tempo pouco falávamos dela. Mas agora, que o mundo mudou irrevogavelmente, essa
nossa vida tornou-se interessante para todos —não importa como ela fosse, era a
nossa vida. Escrevo, procuro nos grãozinhos, nas migalhas da história do
socialismo "doméstico" "interior". A maneira como ele vivia
na alma humana. Atrai-me sempre esse pequeno espaço — a pessoa, uma pessoa. Na
verdade, é aí que tudo acontece.
Porque é que há no livro tantos relatos de suicídios, e não
dos soviéticos comuns, com biografias soviéticas comuns? Afinal de contas as
pessoas também se suicidam por amor, por velhice, sem mais nem menos, por
interesse, pelo desejo de descobrir o segredo da morte... Procurei aqueles em
quem cresceu firmemente a idéia, que a interiorizaram de um modo impossível de
erradicar — o Estado tornou-se o seu cosmos, substituiu tudo, até a sua própria
vida. Não conseguiam sair da grande história, despedir-se dela, ser felizes de
outro modo. Mergulhar... Perder-se na existência privada, como acontece
atualmente, em que o pequeno se tornou grande.
O homem quer apenas viver, sem uma grande idéia. Isso nunca
aconteceu na vida russa, nem a literatura russa conhece isso. Em geral nós
somos gente guerreira. Ou combatíamos, ou preparávamo-nos para a guerra. Nunca
vivemos de outro modo. Daí a psicologia militar. E mesmo na vida de paz tudo
acontecia de um modo militar. Soava o tambor, soltavam-se as bandeiras o
coração saltava do peito, o homem não notava a sua escravidão, até gostava
dela.
Também eu me lembro: depois da escola, toda a classe se
reunia para ir para as terras virgens, desprezávamos aqueles que se recusavam,
lamentávamos até às lágrimas que a revolução, a guerra civil — tudo acontecesse
sem a nossa participação. Olhamos para trás: será possível que fôssemos nós?
Que fosse eu? E recordei tudo isso juntamente com os meus heróis. Um deles
disse: "Só o homem soviético pode compreender o homem soviético".
Éramos pessoas que só tínhamos memória comunista. Vizinhos pela memória.
O meu pai recordava que pessoalmente passou a acreditar no
comunismo depois do vôo de Gagárin. Somos os primeiros! Podemos fazer tudo! Era
assim que ele e a minha mãe nos educavam. Eu fui outubrista³, usava o emblema
com o menino de cabelos frisados, fui pioneira,komsomolka. A desilusão veio
mais tarde.
Depois da perestroika esperávamos que abrissem os arquivos.
Abriram-os. Ficamos sabendo a história que escondiam de nós.
"Devemos atrair para nós noventa ou cem milhões que
povoam a Rússia Soviética. Com os restantes não devemos falar — é preciso ,
exterminá-los" (Zinóviev, 1918).
"Enforcar (sem falta, enforcar, para que o povo veja)
não menos de mil kulaks presos, que enriquecem, e tirar-lhe todos os cereais,
designar reféns... De tal modo que a cem quilômetros em redor o povo veja e
trema" (Lênin, 1918).
"Moscou está literalmente a morrer de fome"
(professor Kuznetsov para Trotski). "Isso não é fome. Quando Tito ocupou
Jerusalém, as mães judias comiam os seus filhos. Quando eu forçar as vossas
mães a comerem os seus filhos, então pode vir ter comigo e dizer: 'Temos
fome'" (Trotski, 1919).
As pessoas liam os jornais e as revistas e calavam-se. Sobre
elas caiu um horror insuportável! Como viver com isto? Muitos receberam a
verdade como uma inimiga. E a liberdade também. "Não conhecemos o nosso
país. Não sabemos em que pensa a maioria das pessoas, vemo-las, encontramo-las
todos os dias, mas não sabemos em que pensam, nem o que querem.
Mas temos a ousadia de lhes ensinar. Depressa saberemos tudo,
e ficaremos horrorizados", dizia um conhecido meu, com quem muitas vezes
me sentava a conversar na minha cozinha. Eu discutia com ele. Isto acontecia em
1991... Tempo feliz! Acreditávamos que no dia seguinte, literalmente amanhã,
começaria a liberdade. Começaria do nada, dos nossos desejos.
Dos Cadernos de Apontamentos de Chalámov: "Participei de
uma grande batalha perdida por uma verdadeira atualização da vida". Isto
foi escrito por um homem que passou 17 anos de detenção nos campos stalinistas.
A nostalgia do ideal manteve-se... Eu dividiria as pessoas
soviéticas em quatro gerações: stalinista, khruschovista, brejnevista e
gorbatchovista. Pessoalmente, pertenço à última. Para nós era mais fácil
aceitar o colapso da idéia comunista, porque não vivemos no tempo em que a
idéia era jovem, forte, sem a perdida magia do romantismo fatal e das
esperanças utópicas. Crescemos no tempo dos velhos do Kremlin. Nos magros
tempos vegetarianos. O grande sangue do comunismo já estava esquecido. O
entusiasmo continuava os seus desmandos, mas conservava-se o conhecimento de
que não era possível aplicar a utopia na vida.
Isto aconteceu durante a Primeira Guerra da Chechênia...
Conheci em Moscou, numa estação de caminho de ferro, uma mulher que era das
proximidades de Tambov e estava de partida para a Chechênia, com o objetivo de
tirar o filho da guerra: "Não quero que ele morra. Não quero que ele
mate." O Estado já não dominava a alma dela. Era uma pessoa livre. Eram
poucas as pessoas assim. A maioria eram aqueles a quem a liberdade irritava:
"Comprei quatro jornais e cada um deles tem a sua verdade. Onde está então
a verdade? Dantes líamos de manhã o jornal Pravda e sabíamos tudo.
Compreendíamos tudo." As idéias saíam lentamente de sob a narcose. Se eu
iniciava uma conversa acerca do arrependimento, ouvia em resposta:
"De que devo eu arrepender-me?" Cada qual se
considerava vítima, mas não participante. Um dizia: "Eu também estive
preso." O segundo dizia: "Eu combati." E um terceiro:
"Levantei a minha cidade das ruínas, acartava tijolos dia e noite". Isto
era completamente inesperado: todos bêbados de liberdade, mas não preparados
para a liberdade. E onde estava ela, a liberdade? Só na cozinha, onde por
hábito continuavam a criticar o Poder. Criticavam Yeltsin e Gorbatchov. Yeltsin
porque traíra a Rússia. E Gorbatchov? Gorbatchov porque traíra tudo. Todo o
Século 20. E agora, o nosso país será igual aos outros. Será como todos.
Pensavam que desta vez se conseguiria. A Rússia mudara e odiava-se a si mesma
por ter mudado. "O Mongol imóvel", escreveu Marx acerca da Rússia.
Civilização soviética... Apresso-me a registrar os seus
vestígios. As caras conhecidas. Interrogo não acerca do socialismo, mas acerca
do amor, do ciúme, da infância, da velhice. Sobre a música, as danças, os
penteados. Sobre os mil pormenores da vida que desaparecia. Este é o único meio
de dirigir a catástrofe para o quadro do habitual e tentar contar alguma coisa.
Adivinhar alguma coisa. Não paro de me espantar com a maneira como a vida
humana comum é interessante. Com a interminável quantidade das verdades
humanas. A história interessa-se apenas
pelos fatos, e as emoções ficam fora de bordo. Não é costume admití-las na
história. Mas eu olho para o mundo com os olhos de uma humanista e não de uma
historiadora. Fico surpreendida com a pessoa...
O meu pai já não é deste mundo. E eu não posso terminar uma
das nossas conversas... Dizia que morrer na guerra era mais fácil para ele do
que para os rapazes que agora morrem na Chechênia. Nos anos 1940, iam de um
inferno para outro inferno. Antes da guerra, o meu pai estudou em Minsk, no
Instituto de Jornalismo. Lembrava-se de que quando voltavam das férias, muitas
vezes já não encontravam um único professor conhecido, estavam todos presos.
Eles não compreendiam o que se passava, mas era horrível. Horrível, como na
guerra.
Tive poucas conversas francas com o meu pai. Ele tinha pena
de mim. E eu, tinha pena dele? Tenho dificuldade em responder a esta
pergunta... Éramos implacáveis com os nossos pais. Parecia-nos que a liberdade
era uma coisa muito simples. Passou algum tempo, e nós próprios nos curvamos
sob o peso dela, porque ninguém nos ensinou a liberdade. Ensinaram-nos apenas
como morrer pela liberdade.
Ei-la, a liberdade! É como a esperávamos? Estávamos prontos
para morrer pelos nossos ideais, para combater na batalha. Mas começou uma
vida . Sem história. Ruíram todos os
valores, menos o valor da vida. Da vida em geral. Novos sonhos: construir uma
casa, comprar um bom carro, plantar uma groselheira... A liberdade revelou-se a
reabilitação da pequena burguesia, habitualmente maltratada na vida russa.
Liberdade de Sua Majestade o Consumo. Majestade das trevas. Trevas dos desejos,
dos instintos — da vida humana oculta, da qual fazíamos uma idéia aproximada.
A toda a história sobrevivemos, mas não vivemos. E agora a
experiência militar já não era necessária, era preciso esquecê-la. Milhares de
novas emoções, estados, reações De súbito tudo em redor como que se tornou
diferente: as tabuletas, as coisas, o dinheiro, a bandeira E até o próprio
homem. Tornou-se mais colorido, solto, explodiram o monólito, e a vida
espalhou-se em ilhas, átomos, células. Como em Dalh: liberdade-vontade,
liberdadezinha ampla vastidão.
O grande mal tornou-se uma lenda distante, um romance de
suspense político. Já ninguém falava de idéias, falavam de créditos, de juros,
de letras, não ganhavam dinheiro a trabalhar, mas "faziam-no" em
"jogadas". Seria por muito tempo? "A mentira do dinheiro na alma
russa impoluta", escreveu Marina Tsvetáeva. Mas parece que os heróis de
Ostrovski e de Saltikov-Schedrin ganharam vida e se passeiam pelas nossas ruas.
A todas as pessoas com quem me encontrei, perguntava: "O
que é a liberdade?" Pais e filhos respondiam de modos diferentes. Aqueles
que nasceram na URSS e os que já não nasceram na URSS têm experiências
distintas. São pessoas de planetas diferentes.
Os pais: a liberdade é a ausência de medo; três dias em
agosto, quando vencemos o golpe; uma pessoa que escolhe numa loja entre cem
variedades de salame é mais livre do que a pessoa que escolhe entre dez
variedades; não ser espancado, mas nunca chegaremos às gerações não espancadas;
o homem russo não compreende a liberdade, precisa do cossaco e do látego.
Os filhos: a liberdade é o amor; a liberdade interior, um
valor absoluto; quando não temos medo dos nossos desejos; ter muito dinheiro, e
nesse caso teremos tudo; quando se pode viver de tal maneira que não se pensa
na liberdade. A liberdade é o normal.
Procuro uma linguagem. O homem tem muitas linguagens: a
linguagem que usa com os filhos, e mais uma, a do amor Há ainda a linguagem a
que recorremos quando falamos conosco esmos, quando travamos diálogos
interiores. Na rua, no trabalho, nas viagens — por todo o lado se ouve qualquer
coisa diferente, mudam não apenas as palavras, mas qualquer coisa mais. Uma
pessoa até de manhã e à tarde fala de modos diferentes. E aquilo que acontece
durante a noite entre duas pessoas desaparece por completo da história.
Tratamos apenas da história do homem diurno. O suicídio é um tema noturno, a
pessoa encontra-se no limite da existência e da não existência. Do sono. Quero
entender isto com a precisão da pessoa diurna.
Disseram-me: "Não tem medo de que isso lhe agrade?"
Seguimos pela estrada de Smolensk. Paramos numa aldeia ao
lado de uma loja. Uns conhecidos (eu própria cresci nesta aldeia), uns rostos
bonitos, bondosos, e em redor uma vida humilhante, pobre. Conversamos acerca da
vida. "Pergunta-me sobre a liberdade? Entre na nossa loja: vodca, há toda
a que se queira: Standart, Gorbatchov Putinka, salame à farta, e queijo, e
peixe. Até há bananas. De que outra liberdade precisa? Esta para nós é
suficiente." "E deram-lhes terra?" "Quem é que vai mourejar
nela? Se a queres, toma-a. Aqui só o Vaska Krutoi aceitou. O filho mais novo
tem oito anos e anda atrás do arado ao lado do pai. Se fores trabalhar para
ele, não penses em juntar algum dinheiro, ele nem dorme. É um fascista!"
Na "Lenda do Grande Inquisidor" de Dostoiévski há
uma discussão sobre a liberdade. Diz-se que o caminho da liberdade é difícil,
sofrido, trágico "Para que conhecer esse diabo desse bem e desse mal, se
isso custa tanto?" O homem tem sempre que escolher: a liberdade ou o
bem-estar e a organização da sua vida, a liberdade com sofrimento ou a
felicidade sem liberdade. E a maioria das pessoas segue por esse segundo
caminho.
O Grande Inquisidor diz a Cristo, que voltou à Terra:
"Porque vieste cá incomodar-nos? Porque tu vieste
incomodar-nos e sabes isso muito bem"
"Ao respeitá-lo [ao homem], tu procedeste como se
tivesses deixado de sentir compaixão por ele, porque exigiste demasiado dele Ao
respeitá-lo menos, exigias-lhe menos, e isso estaria mais perto do amor, pois o
fardo dele seria mais leve. Ele é fraco e vil Que culpa tem a alma fraca, se é
incapaz de juntar em si tão terríveis dons?"
"Não há preocupação mais constante e torturante para o
homem do que, ao ficar livre, procurar depressa alguém diante de quem se
inclinar a quem transmitir depressa o dom da liberdade com que esse ser infeliz
nasce"
Nos anos 1990 sim, éramos felizes, e essa nossa ingenuidade
já nunca mais volta. Parecia-nos que a escolha estava feita, que o comunismo
tinha perdido sem apelo. Mas tudo estava apenas a começar
Passaram-se vinte anos... "Não nos assustem com o
socialismo", dizem os filhos aos pais.
De uma conversa com um professor universitário meu conhecido:
"No final dos anos noventa os estudantes riam-se quando
eu recordava a União Soviética; estavam confiantes de que à sua frente se abria
um novo futuro. Agora o quadro é diferente Os estudantes de hoje já
descobriram, já sentiram o que é o capitalismo — a desigualdade, a pobreza, a
riqueza descarada, têm diante dos olhos a vida dos pais para quem nada restou
do país saqueado. Sonham com a sua revolução. Usam camisolas vermelhas com
retratos de Lênin e de 'Che' Guevara."
Cresceu na sociedade o interesse pela União Soviética. Pelo
culto de Stálin. Metade dos jovens dos 19 aos 30 anos consideram Stálin "o
maior dirigente político". Num país em que Stálin liquidou tantas pessoas
como Hitler, um novo culto de Stálin?! Tudo o que é soviético está outra vez na
moda. Por exemplo, os cafés "soviéticos" — com nomes soviéticos e
pratos soviéticos. Surgiram os bombons "soviéticos" e o salame
"soviético" — com o cheiro e o sabor nossos conhecidos desde a
infância. E, é claro, a vodca "soviética".
Na televisão há dezenas de transmissões e na Internet dezenas
de sites nostálgicos "soviéticos". Podem fazer-se visitas turísticas
aos campos stalinistas — em Solovka, em Magadan. O anúncio promete que para
mais completa sensação fornecem um fato do campo e uma picareta. Mostram os
barracões restaurados. E no final organizam uma pescaria.
Renascem ideias antiquadas: sobre o Grande Império, sobre a
"mão de ferro", "sobre a via russa especial" Reapareceu o
hino soviético, há o Komsomol, mas chama-se simplesmente "Nachi" (os
"Nossos"), há o partido do Poder, que copia o Partido Comunista. O
presidente tem um poder como o do secretário-geral. Absoluto. Em vez do
marxismo-leninismo, a religião ortodoxa.
Antes da revolução de 1917, Aleksandr Grin escreveu: "E
o futuro parece ter deixado de estar no seu lugar." Passaram cem anos, e
de novo o futuro não está no seu lugar. Chegou um tempo em segunda mão. A
barricada é um lugar perigoso para um artista. Uma armadilha. Ali estraga-se a
vista, obscurece a íris, o mundo perde a cor. Na barricada, o mundo é preto e
branco. Dali já não se distingue o homem, vê-se apenas um ponto negro — um
alvo. Passei toda a vida nas barricadas e queria sair delas. Aprender a
alegrar-me com a vida. Recuperar a visão normal. Mas dezenas de milhares de
pessoas saem de novo para as ruas. Dão-se as mãos, trazem fitas brancas nos
blusões, símbolo do renascimento. Há cor. E eu estou com elas.
Encontrei nas ruas jovens com a foice e o martelo e o retrato
de Lênin nas camisolas. Saberão eles o que é o comunismo?
1 ¹Designação depreciativa do regime soviético e de tudo o
que com ele se relaciona. (N. do T.)
2 Ou simplesmente Gulag. Acrónimo da designação russa:
Glavnoe Upravlénie Ispravi- telno-trudovikh Laguerei (Direção Central dos
Campos de Trabalho Correcional). 3 Outubrista: primeira forma de organização
das crianças, que a seguir entravam para os pioneiros e mais tarde para o
Komsomol, a juventude comunista.
Carlos I. S. Azambuja
é Historiador.
domingo, 10 de janeiro de 2016
INTERVENÇÃO OU IMPEDIMENTO?
Por Alexandre Montenegro
No vídeo abaixo, postado no
youtube desde 2011, está a quinta parte de um estudo histórico, feito por
militares, empresários e profissionais liberais de cada estado brasileiro,
reunidos no Foro do Brasil, movimento de resistência anti comunista, coordenado
pela UND – União Nacionalista Democrática, organização liderada pelo Dr.
Antonio José Ribas Paiva.
A UND também levou carros de som
e filiados aos milhares, apoiando as mega manifestações contra o PT e o Foro de
São Paulo, focando na solução de uma intervenção constitucional cívico militar
para evitar a violência que aterroriza os brasileiros a cada avanço do governo
do crime organizado que assalta cada brasileiro e coloca a nação como refém de
interesses da revolução internacional. Também liderou a presença de grupos
acampados diante dos quartéis e nos gramados da Esplanada dos Ministérios além
de outras ações no campo jurídico e na relação com comandantes militares. Estes
patriotas foram rotulados pela mídia oficial de Intervencionistas
Avançando pelos mesmos caminhos
que “levam a Roma”, isto é, instrumentar intelectualmente, informar
objetivamente e preparar a nação para a construção de um estado democrático de
direito, em que o poder seja a Lei que fundamenta a justiça igual para todos.
Uma pátria onde a liberdade e a livre iniciativa fundamentem a exploração das
riquezas naturais, onde o sistema de governo contemple prioritariamente as
pessoas e onde os governantes sejam escolhidos livremente em cada bairro, em
cada município, em cada capital, entre oa mais sábios, os de vida ética e moral
indiscutível, conservadores e de mente aberta para lidar com os problemas
internacionais respeitando nossa cultura, nossas tradições e tudo no roteiro de
um planejamento de longo prazo, factível, envolvendo e dignificando o trabalho
dos brasileiros os integrantes do Foro do Brasil avançam em paralelo aos
filiados do Movimento Federalista.
Avançar para o sistema de governo
que afaste da vida política os aventureiros. Avançar para a construção de um
sistema de instrução que respeite a educação dos filhos pelos pais e ensine
sobre matemáticas, ciências – química, física, biologia – preparando os jovens
em alto nível competitivo e intelectual para levar adiante as tarefas várias de
construção a longo prazo, criando para realizar mais, melhor e diferente, com acesso
livre ao saber,sem a interferência de mentes cativas de ideologias proscritas e
satânicas, que tanto afligem a humanidade.
Ontem, dia 9 de Janeiro, tive o
privilégio de interagir com pessoas que buscam conhecer e participar da
construção do Federalismo, que já tem um esboço de Constituição mínima
elaborado e aberto para as sugestões de todos os brasileiros. Afinal, esta
participação dará a fórmula exata, final do que todos queremos para o
Brasil,diferente do que têm ditado os oligarcas que representam famílias vindas
dos feudos de cada região do país. Os mesmos que como congressistas nestes
últimos 30 anos, só contribuíram para tornar real o enterro de todas as
esperanças dos brasileiros, que estão conhecendo as agruras dos currais mentais
do marxismo.
Estou aplaudindo iniciativas de
organização séria, organização estável, organização fiel aos objetivos de uma
Pátria livre e soberana. E visito, aplaudo e compartilho com todos os que se
manifestam – da maneira como cada um pode e entende – para curar a própria
ignorância e superar o ambiente sujo, deprimente e vergonhoso dos drogados de
mente lavada, que trabalham a troco de pão e mortadela para servir como
inocentes úteis à nova ordem mundial, conduzindo as nações para as guerras,
enfermidades, miséria, fome e morte massiva.
Os que enfrentam noites frias
diante dos quartéis, compreendem, alguns por experiência vivida, o que
significa enfrentar a violência dos comunistas. Os que acamparam em Brasilia e
se mobilizaram para exigir que os congressistas se manifestassem pelo
impedimento do governo de incompetentes vermelhos e seus auxiliares corruptos,
em sua grande maioria já reconhecem que o caminho mais curto para despertar do
pesadelo, seria mesmo a intervenção cívico militar, como manda a Constituição.
Os impedimentos estão na interpretação enviesada da Lei, redigida para
confundir e perpetuar no poder o bando criminoso.
A maioria absoluta dos
brasileiros aplaudiria a deposição por via legal dos incompetentes, afastando
da cena a perpetuação do terrorismo que afeta todos os lares. A maioria
absoluta dos brasileiros também aplaudiria o impedimento. Sabemos e esperamos
que a solução aconteça com brevidade, antes que “algum aventureiro ou pirata”
ocupe o Brasil com uma ditadura sanguinária. Longe dos partidos políticos, o
partido do Foro do Brasil e o Partido Federalista que se organiza, fazem parte
da utopia que será realidade em breve: o movimento unido do Brasil.
Os dois endereços onde
informar-se para participar ativamente, contribuindo, filiando-se e divulgando
verdades, movimentando-se na organização de um Brasil verde e amarelo, sem
foice e sem martelo: http://undbrasil.org e
http://www.movimentofederalista.org.br/
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sábado, 9 de janeiro de 2016
PREVISÕES PARA 2016
Por Alexandre Montenegro
Depois de exaustivas consultas
aos astros, tarô, pitonisas, numerologia, cabala, pai de santo, borra de café…E
outras fontes de vidência, algumas inconfessáveis, cheguei a algumas conclusões
inconclusivas e politicamente incorretas. Um piá com quem me relaciono espiritualmente,
bateu o martelo sobre os rumos da economia, enviando por email suas diabólicas
constatações. Diz o Piá:
“Não sei como os ‘economistas
brasileiros’ não fizeram as previsões catastróficas para 2016! (Imagino que nem
viram a fala do Augusto Nardes). Os ‘astros’ indicam que o Brasil vai conhecer
o colapso econômico total a partir de Março de 2016! (Isto é: o resultado das
políticas da mulher sapiens, das políticas do PT e partidos comunistas, das
políticas do Foro de São Paulo. O doce fel do humanismo da ONU e da nova ordem
mundial).
Trocando em miúdos: já temos
quase um terço de trabalhadores brasileiros desempregados e é possivel que o
ritmo das demissões continue. Os alimentos vão escassear e os preços de alguns
dos ítens alcançarão níveis altíssimos! O transporte de víveres vai conhecer
dificuldades maiores e custos impraticáveis, exorbitantes. O mesmo vai
acontecer com o fornecimento de energia elétrica. O “povão” ja deve fazer um
estoque de velas enquanto sobrem alguns caraminguás. Banho quente e passar
ferro em roupa, nem pensar.
A partir de Março de 2016, o mar
vai negar o peixe e nenhum vento (político) vai ajudar os passarinhos na
gaiola, nem os que estão voando de árvore em árvore ou pelos pastos do Senhor.
A bola de cristal mostrou ao Piá que o “bom senso, a matemática, a informação
não divulgada e o conhecimento histórico, contribuem para estas visões
catastróficas e que no mundo civilizado já existe um consenso sobre o
previsível desastre econômico brasileiro.”
As previsões da revista “THE
ECONOMIST”, que em portugués politicamente incorreto se traduz como “O
ECCOMUNISTA’, ja indicaram: “Brazil’s fall” (Tradução: “O Brasil vai se
ferrar”) Disaster looms for Latin America’s biggest economy (Tradução: “O
desastre é um gigante enlameado pisando sobre a maior economia da América
Latrina) At the start of 2016 Brazil should be in an exuberant mood. (Tradução:
“No começo de 2016 o Brasil será uma piadona, ou uma exuberante piada”) E a
revista diz mais que: o Rio de Janeiro vai abrigar os jogos olímpicos em Agosto
dando aos brasileiros a oportunidade de fazer o que fazem melhor, uma festa
realmente espetacular. E o país enfrentando um espetacular desastre político e
econômico”.
O diacho é que a revista faz
mangação da gente falando verdades que a maioria dos brasileiros parece não
enxergar, por falta de informação ou redução de Q.I. resultante de três décadas
de desconstrução cultural, comunismo agressivo, escolas ensinando ideologia
marxista, preconceitos, divisão de classes, mariconagem, uso de drogas…
Enquanto os decretos e leis do governo comunista que submete os três poderes,
arrasam com as reservas morais e econômicas, com as reservas minerais,
botânicas e com a saúde e segurança dos que habitam neste pedaço de terra belo
e incrivelmente rico.
O rombo, a desgraceira causada
pelas políticas dos comunistas é escondida do povo. Já anunciam, além dos
trilhões de grana roubada, desviada, escondida em contas privadas da elite
vermelha no poder, os gastos com uma espetacular festa de passagem de ano, o
próximo carnaval, as ´próximas olimpiadas sem que se saiba onde foram parar os
milhões para a limpeza do esgôto que é a baía de Guanabara, onde serão
disputadas provas náuticas de vela: um mar de plásticos, mijo e merda!
A ponta do iceberg já foi
revelada pela operação Lava Jato. O “iminente calote” no pagamento das
aposentadorias dos funcionários públicos… Os ajustes salariais do que foi
retido durante o ano (chamam de décimo terceiro salário a devolução tardia do
que deixaram de pagar o ano inteiro, enganando os trabalhadores) vai, segundo
dizem, ser pago para muitos em 3 parcelas. É terrível o que se auncia para
2016. Os meus santos protetores me deram alguns conselhos:
1 – Raspe todo o tostão que tenha
nos bancos, principalmente nos bancos estatais.
2 – Comece a praticar as técnicas
do “sobrevencialismo”. Se não souber o que é isto, informe-se, correndo! Deixe
a preguiça de lado e meta a mão na massa!
3 – Participe de todas as
manifestações, manifeste-se em toda parte: mercado, fila, ônibus, metrô,
elevador, na rua, na escola, no trabalho… Informe-se e vá informando. Se houver
eleições trabalhe para que o pt, pc do b, psol, rede, raiz, verdes… Vejam que
não merecem respeito, nem um voto das maquininhas.
Vou ficando por aqui. Voltarei ao
assunto. Meu abraço mais comovido e fraterno. Estaremos juntos em 2016 e
enquanto haja vida, trabalhando por um Brasil democrático, onde o direito e a
justiça funcionem de fato.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
SINISTRO CURRÍCULO
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ives Gandra
Quando elaborei meu parecer sobre
a improbidade administrativa no governo Dilma, em 26 de janeiro, entendi haver
fundamentos para o impeachment por culpa grave. A lei dos crimes contra a
responsabilidade administrativa admite a culpa como crime (omissão), assim como
há decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nessa linha.
Concluí o documento, todavia,
dizendo que o julgamento na Câmara e no Senado, se aberto o processo, seria
exclusivamente político.
No referido parecer, comentei
que, no regime de governo da "responsabilidade a prazo incerto", que
é o parlamentarismo, todas as falhas detectadas já teriam permitido o
afastamento da presidente sem traumas, pelo voto de desconfiança, e a eleição
de um novo condutor, indicado pelo Parlamento.
No regime de
"irresponsabilidade a prazo certo", que é o presidencialismo, só o
traumático processo de impeachment leva à destituição do primeiro mandatário.
Não há dúvida de que todos os
ingredientes do julgamento político estão presentes no curso do pedido de impeachment.
Não cuidarei, neste artigo, dos
argumentos jurídicos –violação ao artigo 3º, inciso 3, da Lei do Impeachment
(nº 1.079/50) e ao artigo 11 da lei dos crimes contra a probidade da
administração (nº 8.429/92)– nem das "pedaladas" violentadoras da Lei
de Responsabilidade Fiscal, ou seja, culpa nas primeiras e dolo na segunda.
Servem apenas para embasar o julgamento político.
Para este artigo é de se lembrar
que a presidente foi alertada por técnicos do Tesouro Nacional de que as
"pedaladas" maculariam o diploma legislativo, podendo tirar do Brasil
o grau de investimento das agências de "rating", o que, efetivamente,
aconteceu. Outros elementos econômicos e políticos foram, também, deletérios e
corrosivos.
O governo congelou preços,
prejudicando a Petrobras e as produtoras de energia elétrica e etanol, o que
terminou por gerar, em 2015, inflação reprimida pela técnica de controle de
preços, que desde o Código de Hamurabi, há 3.800 anos, não é bem sucedida.
Diocleciano, em 301, no Império Romano, e os planos Cruzado, Bresser e
Primavera também fracassaram nisso.
A presidente mentiu, quando da
campanha, ao afirmar que as finanças públicas estavam bem, em momento em que já
se encontravam corroídas por péssima administração e por empréstimos ilegais
junto a bancos oficiais.
O governo gerou uma inflação de
dois dígitos. Viu o país rebaixado de grau de investimento para grau
especulativo, perdendo os investimentos dos fundos de pensão dos países
desenvolvidos. Fez o PIB recuar em 3%, com perspectivas de recuos ainda maiores
neste ano.
Cortou o Fies, deixando uma
legião de alunos universitários sem financiamento. Elevou os juros para 14,25%
(taxa Selic), com o que passou, o governo, a pagar em torno de R$ 500 bilhões
por ano para rolar a dívida. Nem por isto segurou a brutal desvalorização do
real.
O governo perdeu o diálogo com o
Congresso, com empresários, com estudantes e com o povo. Foi desventrada, no
seio dele, a maior rede de corrupção de nossa história.
São esses os fatos que serão
analisados pelo Congresso, para saber se um governo com tal sinistro currículo
pode continuar a dirigir o Brasil por mais três anos.
O Congresso, como caixa de
ressonância dos 140 milhões de eleitores brasileiros, deverá decidir, sem
desconhecer os fundamentos jurídicos, mas exclusivamente pelo prisma político,
se a presidente Dilma poderá continuar a conduzir o governo com a pior
performance econômica entre os países americanos, excetuando-se a Venezuela,
deste desastrado aprendiz de ditador que é Nicolás Maduro.
Ives Gandra da Silva Martins,
Advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra.
sábado, 2 de janeiro de 2016
CVM PREPARA MAIS UMA PIZZA, COM MEDO DA SEC?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O que pode estar por trás da decisão da Comissão de Valores Mobiliários em abrir processo administrativo contra membros do Conselho de Administração da Petrobras acusados de terem endossado o plano de negócios da companhia para 2014/2018? Por que a CVM resolveu, agora, criar caso contra os poderosos Guido Mantega, Miriam Belchior, Luciano Coutinho, Márcio Zimmermann, Sergio Quintella e Jorge Gerdau?
A resposta elementar é: duas jogadas. Primeiro, passar a
imagem internacional de que está cumprindo seu dever de ofício - evitando
futuras dores de cabeça com a Securities and Exchange Commission, a fiscal do
mercado de ações norte-americano. Segundo, programar mais um caso que terminará
com aquela punição de araque, para impedir ou enfraquecer futuras ações
judiciais.
A malandragem técnica consiste em "condenar" os
conselheiros, em termos de ajustamento de conduta, a pagarem multas (que serão
pagas por alguma seguradora). Com tal punição, prometendo nunca mais repetir a
falha, eles ficam "perdoados". Em tese, ganham um "perdão"
antecipado em eventuais processos judiciais movidos por investidores.
Na Edição de 5 de novembro de 2015, o Alerta Total antecipou
que a CVM brasileira seria alvo de ações de investidores na SEC dos EUA. A CVM
será denunciada na SEC por vários "pecados capitais". O principal
deles serão as falhas de omissão ou inação nas fiscalizações de empresas
economia mista (vulgo: estatais), por ignorar reclamações documentadas por
investidores, inclusive em assembleias de acionistas.
Os denunciantes pretendem usar uma decisão da própria CVM no
Processo Administrativo Sancionador 11/2012, para comprovar que a autarquia
nunca responsabiliza a União por evidente abuso de poder de controle. Tal
inação lança a suspeita de influência política na decisão, já que os
conselheiros da CVM são nomeados pelo Ministério da Fazenda (da própria União).
A CVM também será denunciada na SEC pelo crime de excesso de
exação, típico de servidor público, que atua e autua de forma abusiva um
cidadão investigado ou multado. Investidores reclamam que a CVM tem agido sem
imparcialidade e isenção previstas na Lei 9.784/99 - que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal (regra tão elementar
que costuma ser tema frequente de provas de concursos públicos).
Investidores apresentarão à SEC norte-americana uma prova
concreta de que a CVM brasileira não afronta o governo. Ocorreu em abril de 2014.
Acionista controladora da Eletrobras, a União fez uma indecorosa proposta à
Comissão de Valores Mobiliários para compensar a condenação em um processo
sancionador que gerou alto prejuízo ao setor elétrico. Como
"compensação", ou talvez como piada, a penalidade estipulada foi o
obrigar o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, a proferir palestra em um
evento para educar o mercado de capitais contra práticas de conflito de
interesses.
Releia a postagem original: Investidores internacionais vão
denunciar à SEC dos EUA lista de "pecados capitais" da CVM brasileira
No mercado, a aposta alta é que a CVM (autarquia do
Ministério da Fazenda) botou no forninho mais uma pizza. O medinho da SEC falou
mais alto? Tudo indica que sim. No entanto, fica evidente a gritante manobra
para salvar a pele dos conselheiros, facilitando a vida dos bem pagos advogados
deles nas futuras ações judiciais movidas aqui no Brasil e lá fora.
Também fica no ar uma perguntinha idiota: por que Dilma
Rousseff, que foi "presidente" do Conselho da Petrobras na época em
que ocorreram os principais crimes denunciados na Operação Lava Jato, nunca foi
responsabilizada pela CVM?
Quem conseguir responder direitinho ganha, da SEC (em
parceria com a Academia de Hollywood) um Oscar de Efeitos Especiais...
Enquanto isso, Dilma segue pedalando... Uns 12 Km por dia em
uma bicicleta de verdade... E muitos bilhões de reais em "bicicletadas
fiscais" ou afins...
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