Transcrito do Alerta Total –18 de maio de 2015 - www.alertatotal.ne
Por Jorge Serrão -
serrao@alertatotal.net
Armadilha de caça ao Lula: piada desgastante nas redes sociais
Luiz Inácio Lula da
Silva pode ser candidato à Prefeitura de São Paulo em 2016. A eleição
municipal, dada como perdida em São Paulo se Fernando Haddad concorrer à
reeleição, serviria de teste de popularidade para Lula disputar o Palácio do
Planalto em 2018. Este é o mais recente factóide ou boato plantado pela cúpula
petista nos informes produzidos por grandes escritórios de lobby. O
raciocínio-brincadeira dos boateiros é: se Jânio Quadros, ex-Presidente da
República que renunciou em 1961, venceu a Prefeitura paulistana na disputa
contra FHC, por que o companheiro $talinácio não pode fazer o mesmo?
O PT está rachado
para a próxima disputa municipal na capital paulista. Um grupo defende a
natural reeleição de Haddad, apesar do desgaste de imagem que ele sofre. Ele
teria como candidato a vice o ex-senador Eduardo Suplicy, para disputar o voto
da periferia. Outro grupo já briga, intestinamente, para que Aloísio Mercadante
seja o candidato, mesmo sabendo que o chefão Lula estaria rompido com o filho
do General Oliva. Mercadante teria o apoio do diretório estadual, manobrado
pelo ministro Edinho Silva. Uma outra banda deseja trair o PT, apoiando uma
quase certa candidatura da quase-ex-petista Marta Suplicy, pelo PSB.
Um aliado do PT já
figura com grandes chances de tentar um retorno ao Edifício Matarazzo: Gilberto
Kassab, do PSD. Já se sabe que o PSDB não teria um candidato com densidade para
a eleição de 2016, e pode até apoiar o aliado que se bandeou para o lado
petista em troca do Ministério das Cidades. O jogo pode mudar de figura se Luiz
Inácio Lula da Silva se tornar a "grande novidade" na disputa para o
cargo de alcaide. Pode ser mais um factóide, igual ao que Lula concorreria ao
Senado, em 2014, para garantir foro privilegiado. Lula preferiu correr o risco
de ficar onde estava, a disputar um pleito contra a máquina estadual tucana.
Lula vive um momento
delicadíssimo. Apesar de sua impressionante blindagem, sabe que corre o risco
concreto de ter problemas judiciais, por causa da Lava Jato ou da Porto Seguro.
Por isto, sua máquina de informação age, nos bastidores, para acuar adversários
e impedir que seja alvo de denúncias, apesar da vontade da maioria opositora
nas redes sociais. Infelizmente, a pretensa oposição política só bate em Lula
no discurso. Na prática, de concreto, não se consegue uma maioria parlamentar
com coragem e disposição para confrontá-lo. Se os políticos não batem, o
Ministério Público também não tem a mesma ousadia.
Assim, Lula segue em
frente, mais mordendo que assoprando, com risco de sobreviver e avançar. Ele já
posa de grande crítico do modelo econômico atual para se credenciar como
candidato ao Palácio do Planalto do 2018. Dilma Rousseff e ele têm um acordo
tático. A Presidenta arca com o desgaste das medidas impopulares. Se a situação
melhorar, fica bom para ambos. Se piorar, Lula, o crítico de plantão, fica descolado
dela. Nos bastidores, os dois se amam como sempre, apesar da fofoca de que
Dilma não dá bola para o que Lula fala. Tudo jogo de cena da pior qualidade...
A crise econômica se
intensifica e ganha ares de impopularidade. Isto, sim, abala Dilma mais que a
eclosão de escândalos sem fim. O maior inimigo de Dilma - e do Brasil -
chama-se Joaquim Levy. O porta-voz operacional dos banqueiros e rentistas
comanda a economia. Dilma fica de refém da política levyana (perdão pelo
trocadilho infame). Ontem, na domingueira para definir como será o ajuste
fiscal, uma tal "Junta Orçamentária" já falou de se elevar mais
tributos, a partir de decretos, para compensar medidas de elevação de gastos
aprovadas pelo Congresso que também mantém Dilma como refém. A Presidenta, Levy
e os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio
Mercadante passaram quatro horas em reunião no Palácio da Alvorada.
O Globo informa que
Levy defende um contingenciamento de gastos próximo a R$ 80 bilhões, segundo
fontes do governo. O ministro estaria disposto a sacrificar os investimentos
para garantir o cumprimento da meta de economia para pagar juros da dívida
pública, o chamado superávit primário, de R$ 66,3 bilhões, ou 1,2% do Produto
Interno Bruto (PIB) deste ano. Ou seja, a prioridade levyana é que os bancos
não sofram um calote e recebam em dia os juros que sobem cada vez mais, com a
desculpa esfarrapada de combater a inflação. No final, quem pagará a conta do
arrocho fiscal é o cidadão-eleitor-contribuinte. Como costumeiramente acontece
no Brasil Capimunista...
Em resumo: A gente
vai levando... E os políticos e corruptos (perdão pela redundância) vão rindo
da nossa cara...
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