quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

LAVA JATO MIRA NO "PELEGO", E MPF JÁ TEM PROVAS DE LAVAGEM DE GRANA EM DOAÇÕES LEGAIS DE CAMPANHA.


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Quem eram os principais beneficiários de uma conta na Suíça chamada de "Pelego" pelos corruptos da Lava Jato? Eis um dos mistérios que o Ministério Público e a Polícia Federal precisam desvendar, a partir de novas informações que surgem a cada "colaboração premiada" nos processos da Lava Jato. A coisa pode ficar mais grave se o "Pelego" for um codinome do verdadeiro chefão da complexa organização criminosa que faz a lavagem dos recursos públicos desviados em obras e serviços superfaturados.
Na sociologia política brasileira, o termo pelego designa aquele que é o homem de confiança do governo infiltrado nos sindicatos, em geral como um traidor dos trabalhadores. Na República Sindicalista do Brasil, sob corrupto regime capimunista, muitos pelegos estão enriquecendo e amealhando cada vez mais poder. A listagem de políticos ladrões virá à tona assim que o Procurador-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal resolverem atacar o núcleo com direito ao absurdo foro privilegiado no Petrolão. 
Nem se chegou ainda no escândalo do Eletrolão, e já se confirma que Petrolão faz o Mensalão parecer um assalto ao cofrinho de um órfão de pai, mãe a parteira. As "colaborações premiadas" da Lava Jato já têm provas de que parte da propina em negócios com a Petrobras foi "esquentada" em doações legais de campanha ao Partido dos Trabalhadores. Assim torna-se concreta a suspeita de que a campanha serviu para lavagem de capitais. Se isto for provado, só na base de muita sacanagem e impunidade o PT conseguirá permanecer presidindo o Brasil. A tese do impeachment ganha força no prostituído Congresso que referendou o golpe fiscal de Dilma Rousseff.
A tal conta "Pelego" foi revelada em depoimento prestado à Polícia Federal, no dia 31 de outubro, por Julio Camargo, executivo da Toyo Setal. Camargo revelou que as operações eram registradas em planilhas. Ressalvou, no entanto, que tais provas foram destruídas quando a Operação Lava Jato começou, em março. Camargo relatou que movimentou US$ 73 milhões em contas na Suíça, no Uruguai e nos Estados Unidos, entre os anos de 2005 e 2012. Deste total, assegurou que US$ 35 milhões foram destinados a Renato Duque - diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras.
A delação premiada de Augusto Ribeiro Mendonça Neto, que representou várias empresas desde a década de 90, entre elas a Setal Engenharia, depois transformada em Toyo Setal, confirmou a relação de Duque com o PT. Mendonça Neto garantiu que parte da propina cobrada por Duque foi paga na forma de doação oficial ao Partido dos Trabalhadores. Mendonça confidenciou que entregava a grana, em dinheiro vivo, a um emissário de Duque conhecido como "Tigrão", descrito como um homem em torno de 40 anos, moreno, com altura entre 1m70 e 1m80 e "meio gordinho". O executivo afirmou que Tigrão agiu como emissário de Duque na maioria das vezes, mas que o dinheiro era retirado em seu escritório também por outros homens, também conhecidos por apelidos esquisitos, como “Melância” e “Eucalipto”.
Mendonça assegurou que uma outra forma de pagar a propina ocorria com os depósitos em contas no exterior, indicadas por Duque e pelo ex-gerente executivo Pedro Barusco Filho - que fez um acordo para devolver R$ 97 milhões. Já Júlio Camargo complementou que os ex-diretores da Petrobras marcavam encontros na sede da Petrobras durante o expediente e, lá, eles acertaram o “fluxo de pagamentos” de propinas. Também contou que a maioria dos encontros para definir negociatas acontecia em restaurantes da cidade, como o Gero, em Ipanema; o Margutta, em Ipanema, o Alcaparra, no Flamengo; e o Esch Café, no Leblon, bistrô especializado em charutos cubanos.
Júlio Camargo descreveu que os valores das propinas se dividiam da seguinte forma: 1% do valor do contrato para a Diretoria de Engenharia e Serviços e 1% para a de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa. Em caso de acerto, uma planilha detalhada era criada para o controle de Duque. Nela, constava o nome do projeto, o valor da propina acertada, o cronograma previsto, os pagamentos efetuados e o saldo a pagar. Os repasses a Paulo Roberto eram feitos através do doleiro Alberto Yousseff que indicava contas em Hong Kong e em bancos chineses para depositar as quantias que equivaliam a 1% dos valor dos contratos firmado.
Camargo explicou que utilizava de empresas de consultorias para oficializar os repasses das empreiteiras das comissões firmadas com os dois ex-diretores da Petrobras. O empresário montou três empresas - Treviso, Piemonte e Auguri - para receber “as comissões”. Os consórcios vencedores das obras depositavam as propinas em contas no banco uruguaio Interbotom e nos suiços Dredit Suisse e Banque Cramer. Julio Camargo também confirmou o pagamento de propina em espécies a Barusco e pessoas indicados por Duque e a Youssef, a pedido de Paulo Roberto Costa.
Enfim, na Lava Jato está quase tudo revelado. Só falta agora a delação premiada de Fernando Baiano - a mais temida pela turma do PMDB. Tudo ficará mais complicado quando se juntar os esquemas da Lava Jato com o já desvendado no caso Delta - a empreiteira líder do PAC de Dilma, comandada por Fernando Cavendish, relacionado também ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, também ligadíssimo ao PMDB.
O PMDB tenta algo impossível. Sua cúpula, comandada pelo vice-Presidente da República Michel Temer, procura se preservar para uma eventual queda de Dilma Rousseff... Paulo Roberto Costa já complicou a Presidenta... O ex-diretor de Abastecimento da estatal confirmou o e-mail que enviou à então ministra chefe da Casa Civil de Lula da Silva, em 29 de setembro de 2009, advertindo sobre irregularidades que o Tribunal de Contas da União identificou em obras da Petrobras. O relato ratifica que Dilma, e por extensão o então Presidente Lula, sabiam de tudo. O mago João Vaccari Neto tem muitas explicações a dar...
TUDO LEGAL
Direito de negar
A Andrade Gutierrez, nova incluída entre as denunciadas pelos delatores premiados da Lava Jato, nega qualquer participação no esquema de empreiteiras que superfaturavam contratos para pagar propinas ou fazer doações eleitorais.

A empresa jura que não fazia parte do clube VIP formado por Camargo Corrêa, UTC, Mendes Junior, OAS, Odebrecht e outras menos votadas.
POBRE VÍTIMA...
A Odebrecht pretende entrar na Justiça com cinco ações contra a Petrobras, a fim de reivindicar US$ 74 milhões.
Agora, a empresa cobrará da estatal valores que afirma não ter recebido pelos serviços prestados no Paraguai, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Uruguai e Chile.
O megacontrato, no valor de US$ 825 milhões, foi fechado em 2010 para a prestação de serviços de segurança, meio ambiente e saúde.
Mas Graça Foster, presidente da Petrobras, mandou rever tudo, por evidência de superfaturamento...

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