A JUSTIÇA BRASILEIRA ESTÁ TOTALMENTE DESACREDITADA
De - Roberto Nascimento
Transcrito da tribuna
de imprensa -13.09.13 |
São tantas coisinhas miúdas no nosso Judiciário,
incongruências, eternos retornos, coisa julgada que passa a não ser mais por
decisão de um único ministro do Supremo Tribunal Federal, processos na gaveta
indefinidamente, demora na prestação jurisdicional, precatórios que são
empurrados com a barriga, enfim, uma verdadeira torre de Babel, um edifício a
balançar sobre nossas cabeças. E além de tudo,
a sociedade arca com impostos altíssimos para bancar esse PODER que faz
todos sofrerem de angústia e até desacreditar da Justiça.
Muitos advogados estão desistindo da profissão por não terem
mais condições de responder aos questionamentos de seus clientes. Advogados e
clientes vivem uma via crucis interminável. Muitos desistem de suas demandas
pela falta de compromisso com os prazos, que só os advogados são obrigados a
cumprir.
As OABs calam-se inertes diante do quadro desalentador. As
entidades que defendem os direitos dos advogados já deveriam tomar as ruas à
moda dos jovens da primavera junina, mas creio que isso só é feito naquelas
caminhadas anuais pelo Aterro do Flamengo, nada mais. Ninguém quer se indispor
diante de suas excelências, enquanto isso o Brasil vai descendo a ladeira da
falta de credibilidade geral, ampla, total e irrestrita.
NOVELA DO MENSALÃO
E não posso deixar de comunicar, derradeiramente, que
desisti de assistir essa novela do Mensalão. Prefiro a magia do circo Tihany,
as tramas da novela das nove da noite, o travesseiro ou outra coisa que valha a
pena, pois como dizia Fernando Pessoa “tudo vale a pena quando a alma não é
pequena”.
O mundo caminha para o retrocesso, quando as notícias
diárias se tornam negativas em alto grau de potência. O caso das espionagens
dos americanos, que também são feitas pelas outras potências, a ameaça de
invasão da Síria para castigar o mandatário do país árabe, tudo isso demonstra
que país nenhum do mundo está seguro e pode ser atacado por qualquer motivo
real ou fabricado.
Que fazer? Nas atuais circunstâncias, nada mesmo!
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