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Artigo de : CARLOS
CHAGAS – publicado na Tribuna da Imprensa on line
Antes mesmo
do início da propaganda gratuita, quinta-feira, a presidente Dilma praticou a
primeira baixaria de sua campanha. Foi na quarta-feira, no Piauí, onde pedia
votos. A companheira-candidata abriu um confronto perigoso, desnecessário e
profundamente injusto ao sustentar que os tucanos menosprezam o Nordeste.
Acusou os adversários de dizer “que os votos da região são de pessoas de menos
compreensão e que não sabem votar”. Criticou “a visão elitista dos que diminuem
a opinião dos nordestinos”.
Estaria
Dilma, para se reeleger, disposta a estimular a secessão no país? A dividir-nos
geograficamente, atribuindo-se o papel de defensora dos pobres e oprimidos do
Nordeste pelo fato de o Sul e o Sudeste concentrarem mais riqueza?
Seria bom
que a presidente interrompesse essa estratégia, capaz de acirrar os ânimos.
Deveria, durante seus quatro anos de governo, ter atendido com mais ênfase as
carências do Nordeste (e do Norte), acima e além da distribuição do
bolsa-família, que efetivamente beneficia mais os desprotegidos da região do
que no restante do Brasil. Por uma questão evidente, dado o abandono com que
governos anteriores, desde o Descobrimento, atuaram em favor do Sul e do
Sudeste.
Dilma
atribuiu essa falsa noção de integridade nacional “àqueles que nunca estiveram,
no Nordeste e desconhecem a qualidade de seu povo”. Precisava ter meditado
antes de embarcar na falsa tentativa de dividir o país. E lembrado que o Lula é
nordestino, nascido em Pernambuco, projetado em São Paulo. Concordaria o
ex-presidente com tamanho despautério?
Resta saber
se Aécio Neves cairá na armadilha. Sua votação no Nordeste foi pífia, por isso
ele prepara viagens à região. Mas se chegar lá defendendo-se, estará dando
razão à adversária.
TEMORES
Cresce no PT
e adjacências o temor de que venham a vazar antes do dia 26 os depoimentos de
Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef feitos nos últimos dias à Polícia Federal
e ao Ministério Público. Pelo que se sabe, eles tem revelado muita sujeira
praticada junto à Petrobras, inclusive com nomes de políticos, parlamentares,
governadores, ministros e penduricalhos. Uma lista inicial foi conhecida há
semanas, mas o grosso da tropa ainda permanece em cone de sombra. Muitos foram
reeleitos no último domingo, pelo que se sabe integrantes do PT, do PMDB e do
PP. Não dá mais para cassar-lhes o registro. Só os mandatos…
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