Postado em 02 junho de 2015 na Tribuna da Internet
Humberto Siqueira- O Tempo
Em seu estilo polêmico, o
deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) participou em Belo Horizonte de um
debate durante o V Seminário Internacional Brasil & Israel, realizado pela
Federação Israelita de Minas, e confirmou que está de malas prontas para deixar
o PP. O objetivo: uma sigla que possa abrigar seu desejo de se candidatar à
Presidência em 2018.
“Eu vou sair do PP. Quero, em
2018, estar num partido em que todos os filiados decidam se vai ter candidato a
presidente, governador, etc., e quem, dentre os filiados, serão os candidatos”.
Bolsonaro, no entanto, não revelou se já encontrou este partido. “Nem me
‘divorciei’ (do partido) ainda, não posso falar em um novo noivado”, brincou.
Perguntado sobre uma eventual
disputa com o ex-presidente Lula, caso o petista também dispute o Palácio do
Planalto, Bolsonaro, que é evangélico, foi enfático. “Lula não vai vir com
baixaria pra cima de mim porque vai se ‘fuder’.”
Depois de uma semana movimentada
na Câmara pela votação da reforma política, Bolsonaro comentou sobre os
principais pontos votados e os que ainda serão discutidos em plenário.
Uma das emendas prometidas para
serem votadas na próxima semana diz respeito à cota de 30% para mulheres nas
chapas proporcionais dos partidos. “O que elas querem agora? Cota pra mulher.
Quando foi para votar a favor das pensões das viúvas, 80% das mulheres votaram
contra as viúvas e os órfãos. Que moral tem esse bando, agora, para acharem que
devem ter cotas?”, disparou.
IMPEACHMENT
O parlamentar, que nesta semana
esteve com líderes do Movimento Brasil Livre favoráveis ao impeachment da
presidente Dilma, não acredita que o fato seja possível. “Que existem motivos,
existem. Mas não vão conseguir. Não se consegue mobilizar a Câmara. E o Supremo
chegou num ponto que pode garrotear o Legislativo. Você promulga uma PEC, por
exemplo, eles derrubam. Então, o que fizermos que a Dilma não gostar o Supremo
julga inconstitucional”, acusa.
NÃO REELEIÇÃO
Bolsonaro disse ter votado pelo
fim da reeleição pois, “entre um mandato e outro, o chefe do Executivo gasta
tudo para depois virar pinóquio”. E concluiu: “Agora não vai mais agir dessa
maneira”.
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