Edição do Alerta Total –
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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A Presidenta Dilma Rousseff, seu Presidentro Luiz Inácio Lula
da Silva, os militantes fanáticos do partido-seita e os petralhas que promovem
o milagre da evolução patrimonial milionária parecem viver em um outro mundo,
perfeito, rico e otimista, bem diferente do Brasil atual. O desespero
psicológico com o risco concreto de perder a reeleição deve ser a causa do
esquizofrenia deles.
Petistas e petralhas não merecem ser chamados de lunáticos,
porque não moram na lua. Mas parecem marcianos, porque agora evocam o deus da
guerra para vomitar inverdades políticas e econômicas. Lula, definitivamente,
resolveu evocar a ofensiva, apesar do discurso psicologicamente defensivo: “A
gente aprendeu que levava um tapa numa face e virava a outra. E nós não podemos
mais virar a outra. Nós precisamos agora é começar a reagir e fazer as coisas
que a gente tem que fazer”.
Ontem, durante comício na Praça da Sé, em São Paulo, Lula
voltou a surtar. Pediu à plateia (militantes profissionais e fanáticos para lá
levados de ônibus) para se lembrar de como era o Brasil em dezembro de 2002.
Lula tem uma obsessão mórbida por lembrar do governo do velho amigo FHC. Por
isso, solicitou aos seguidores que reproduzam sua pregação. Na visão do líder,
a economia melhorou nos três mandatos do PT. Segundo Lula, tudo aumentou:
salário mínimo, contas em banco, agências bancárias, crédito fácil aos
consumidores, mais pessoas estudando nas universidades e muito mais emprego.
Graças ao PT, viramos a Alice no País das Maravilhas...
Em Porto Alegre, a criatura Dilma repetiu seu criador.
Aproveitou a posse na nova diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande
do Sul para meter o pau nos indicadores da política econômica do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. Na visão da economista Dilma, os
indicadores atuais apresentam “muito mais robustez do que há 12 anos”. A
presidente salientou que em 15 anos de regime de metas de inflação, adotado em
1999, o resultado “estourou” o teto apenas nos anos FHC...
No legítimo discurso dos perdedores, que reclama do passado
porque não consegue mostrar que o futuro pode ser melhor, porque o presente
está uma merda, Dilma faz a velha manipulação de dados empregada pelos
camaradas soviéticos. Dilma alega que a dívida líquida do setor público chegou
a 34% nos seus três anos e meio de mandato, contra 60,4% em 2002. Tem a cara de
pau de comparar o Brasil com a Alemanha e a Coreia do Sul, para dizer que
fizemos superávit primário em 2013 (só esqueceu de mencionar a manobra de contabilidade
criativa para produzir tal milagre).
A economista Dilma só pode mesmo estar com alguns parafusos a
menos. Só louco consegue celebrar uma inflação altíssima de 6,08%, com
tendência de subida e descontrole. Dilma ainda fez pior. Alegou que a inflação
média de seu governo, com este número assustador, foi a metade da inflação do
FHC, que chegou a 12,4%. Mais lamentável ainda é quando Dilma tenta um
malabarismo marketeiro para tentar justificar seu pibinho de anão:
“O Brasil tem sido afetado por cenários de grande incerteza,
que tem causado taxas menores de crescimento que em períodos anteriores. Mas
mesmo assim, todas positivas. A pior opção para crise ou a maior dificuldade em
qualquer ramo de atividade é o pessimismo, criado por dois motivos interligados
e extremamente perigosos. O primeiro deles é a influência das expectativas
negativas num mundo globalizado, que bloqueiam soluções. A segunda é a tentação
de forçar as profecias mais negativas possíveis em regime pré-eleitoral”.
O marketeiro que escreveu tal discurso para ela se superou...
E Dilma seguiu na velha toada de jogar a culpa nos outros para justificar as
cagadas feitas por ela: “Nossos adversários previram a tempestade perfeita,
prevista para atacar nesse início de ano e que geraria uma crise cambial de
proporções avassaladoras. Também previram uma crise energética, mas não tivemos
racionamento de energia nem antes, durante ou depois da Copa. Houve uma
fantástica ocorrência de avaliações absurdas negativas. E tivemos lideranças
que queriam, em abril, devolver a Fifa. Ou seja, criaram problemas
significativos para as expectativas econômicas”.
Dilma sabe, em seu inconsciente, que será derrotada porque a
gestão petista avacalhou com a estabilidade econômica. A avaliação negativa
dela nas pesquisas é impactada pela sensação de que algo vai mal na economia, e
pode piorar brevemente. As contas do mês das pessoas que trabalham fecham no
vermelho. A carestia é geral. A inflação não é pior por conta da maquiagem das
tarifas públicas – que o governo segura agora, para soltar depois da eleição.
Dilma sabe que o endividamento das famílias é grande e tende
a aumentar. Juros altos e 56 impostos sobre a atividade produtiva, junto com a
dificuldade de crédito, aumentam os riscos e inviabilizam investimentos. Quem
tem dinheiro não põe no fogo das incertezas. E quem não tem sequer sabe de onde
tirar para sobreviver. Só o governo consegue gastar cada vez mais,
endividando-se, sabe-se lá até quando...
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