Artigo de Carlos Newton-
editado na TRIBUNA DA INTERNET -Sob o
signo da Liberdade
Não é preciso ser ilusionista
para perceber que a bolha imobiliária no Brasil está atingindo o ápice. A única
dúvida é saber se vai explodir igual aos Estados Unidos ou se irá esvaziando
devagar, devagarinho, no estilo do Martinho da Vila.

A empolgação era geral,
os corretores de imóveis ganharam dinheiro como nunca. Mas acontece que ninguém
consegue derrubar a lei da oferta e procura, ainda não surgiu Nobel da Economia
capaz de decifrar esse enigma.
E o resultado já começa
a aparecer. Circula na internet uma espantosa comparação entre os preços atuais
dos imóveis no Brasil, nos EUA e em outros países. É inacreditável a
disparidade.
Também fazem sucesso na
internet as fotos do porão em Copacabana, cheio de canos de esgoto à mostra,
oferecido para venda pela módica quantia de 300 mil reais, vejam a que ponto
chegamos.
UM GRAVE PROBLEMA
O problema afeta a
economia como um todo. Pelo Brasil inteiro, é um espanto o número de lojas e
galpões vazios, oferecidos para alugar ou vender. Em Botafogo, aqui no Rio,
pedem 400 mil para vender uma lojinha de 48 m², numa rua sem movimento. Parece
piada.
Quem se arrisca a abrir
um negócio tendo de investir tanto para comprar ou alugar o ponto? É claro que
se trata de uma circunstância altamente desestimulante. E não adianta a
presidente Dilma ir à TV para dizer que está tudo bem e pedir que os empresários
invistam e que seja abertos novas empresas. A bolha imobiliária está
prejudicando os negócios, não há dúvida.
EXEMPLO DOS EUA
Nos Estados Unidos a
bolha imobiliária explodiu e balançou a maior economia do planeta, mas no
Brasil a situação é bem diferente, porque aqui não há a praxe de serem feitas
sucessivas hipotecas sobre imóveis.
O que está aumentando é
o número de imóveis vazios, para aluguel ou venda, e os corretores estão
entrando em desespero. No Rio, o mercado está devagar, quase parando. Uma casa
de vila, no Rio de Janeiro, com 4 quartos, está para aluguel por 7 mil reais.
Desanimado, o corretor reconhece que assim não é possível, ninguém se
interessa. Diz que o valor real será 3 mil ou, no máximo, 4 mil.
É claro que o mercado
está caindo na real. Chama atenção o anúncio de um apartamento amplo, de três
quartos, em Ipanema, prédio antigo, sem elevador, por apenas 3,5 mil mensais,
algo inimaginável até alguns meses atrás. E já aparecem muitos anúncios dizendo
“aceito oferta”…
Traduzindo tudo isso: A
bolha começa a desinchar, sem explodir. Mas a economia vai mal, preesidente
Dilma, e pode prejudicar sua candidatura. Pergunte à General Motors. Ou ao
próprio PT, que prefere a candidatura de Lula.
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