quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

PREVISÃO DE ANO NOVO: BOLHA IMOBILIÁRIA ATINGE O ÁPICE E DEPOIS…


Artigo de Carlos Newton- editado  na TRIBUNA DA INTERNET -Sob o signo da Liberdade

Não é preciso ser ilusionista para perceber que a bolha imobiliária no Brasil está atingindo o ápice. A única dúvida é saber se vai explodir igual aos Estados Unidos ou se irá esvaziando devagar, devagarinho, no estilo do Martinho da Vila.
Há alguns anos, desde que os juros dos fundos financeiros começaram a baixar e passaram a apenas empatar com a inflação, os chamados “rentistas” passaram a investir em imóveis e os preços dispararam.
A empolgação era geral, os corretores de imóveis ganharam dinheiro como nunca. Mas acontece que ninguém consegue derrubar a lei da oferta e procura, ainda não surgiu Nobel da Economia capaz de decifrar esse enigma.
E o resultado já começa a aparecer. Circula na internet uma espantosa comparação entre os preços atuais dos imóveis no Brasil, nos EUA e em outros países. É inacreditável a disparidade.
Também fazem sucesso na internet as fotos do porão em Copacabana, cheio de canos de esgoto à mostra, oferecido para venda pela módica quantia de 300 mil reais, vejam a que ponto chegamos.
UM GRAVE PROBLEMA
O problema afeta a economia como um todo. Pelo Brasil inteiro, é um espanto o número de lojas e galpões vazios, oferecidos para alugar ou vender. Em Botafogo, aqui no Rio, pedem 400 mil para vender uma lojinha de 48 m², numa rua sem movimento. Parece piada.
Quem se arrisca a abrir um negócio tendo de investir tanto para comprar ou alugar o ponto? É claro que se trata de uma circunstância altamente desestimulante. E não adianta a presidente Dilma ir à TV para dizer que está tudo bem e pedir que os empresários invistam e que seja abertos novas empresas. A bolha imobiliária está prejudicando os negócios, não há dúvida.
EXEMPLO DOS EUA
Nos Estados Unidos a bolha imobiliária explodiu e balançou a maior economia do planeta, mas no Brasil a situação é bem diferente, porque aqui não há a praxe de serem feitas sucessivas hipotecas sobre imóveis.
O que está aumentando é o número de imóveis vazios, para aluguel ou venda, e os corretores estão entrando em desespero. No Rio, o mercado está devagar, quase parando. Uma casa de vila, no Rio de Janeiro, com 4 quartos, está para aluguel por 7 mil reais. Desanimado, o corretor reconhece que assim não é possível, ninguém se interessa. Diz que o valor real será 3 mil ou, no máximo, 4 mil.
É claro que o mercado está caindo na real. Chama atenção o anúncio de um apartamento amplo, de três quartos, em Ipanema, prédio antigo, sem elevador, por apenas 3,5 mil mensais, algo inimaginável até alguns meses atrás. E já aparecem muitos anúncios dizendo “aceito oferta”…

Traduzindo tudo isso: A bolha começa a desinchar, sem explodir. Mas a economia vai mal, preesidente Dilma, e pode prejudicar sua candidatura. Pergunte à General Motors. Ou ao próprio PT, que prefere a candidatura de Lula.

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